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VENCEDORES DO CONCURSO KAMIKAZE

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Olá amigos. 
Os ganhadores do livro Kamikaze foram Ivan Alves de Barros e Carlos Renato Lima.
Parabéns aos vencedores e abraços!




























































ENGESA EE-18 SUCURI II. Mais uma boa oportunidade brasileira que ficou no passado.

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ORIGENS               Por Anderson Barros
No início dos anos 80 uma nova geração de blindados sobre rodas estava surgindo, com características modular, multifuncionais, com capacidade de ser aerotransportados por aviões do tipo C-130 Hércules. A partir destes parâmetros vários veículos sobre rodas 6x6, 8x8 e 10x10 começaram a ser desenvolvimento alguns deles armados com canhões de 105 mm. Estudando estes conceitos a ENGESA – Engenheiros Especializados S/A, que já havia produzido com sucesso veículos 6x6 EE-9 Cascavel e EE-1 Urutu, os quais já estavam em uso no próprio Exército Brasileiro como também haviam sido exportados a diversos países, inclusive participando de conflitos no Oriente Médio, principalmente na guerra entre Iraque-Irã.

Acima: O carro de combate Cascavel, usado em missões de reconhecimento deveria ser substituído pelo novo EE-18 Sucuri II, caso as forças armadas brasileiras tivessem prestigiado este excelente projeto.

DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
Com esta experiência acumulada e percebendo a necessidade do mercado, partiu-se para um projeto ambicioso, o qual já havia sido elaborado inicialmente através do EE-17 Sucuri I,
que se tornou um grande fracasso, primeiro por usar ainda a suspensão boomerang, em um veículo muito estreito, comprido e alto e cuja torre FL-12 de origem francesa, não trouxe muita inovação o desempenho do carro foi medíocre, o projeto acabou sendo abandonado. Para conquistar parte do mercado externo de veículos de primeira linha, a Engesa decidiu construir um caça-tanque de seis rodas, armado com um canhão de alma raiada de 105 mm, pois naquele momento outros projetos similares estavam sendo desenvolvidos em outras partes do mundo (nesse período se encontrava em desenvolvimento o Centauro italiano e o Rooikat na África do Sul). Analisando melhor o que estava a ser desenvolvido no mundo, surgiu então o projeto do EE-18 Sucuri II. Ao contrário dos veículos anteriormente projetados, o futuro caça-tanque da Engesa nasceu com o auxílio computacional de softwares tipo CAD/CAM (Computer-Assisted Design/Computer-Assisted Manufacturing), uma verdadeira revolução naquela época (o mesmo sistema utilizado no projeto do EE T-1 OSÓRIO).

Acima: O veículo EE-17, compartilhava a mesma suspensão boomerang usada no velho veiculo Cascavel. isso impunha limitações em sua mobilidade. 


ARMAMENTO
O armamento do Sucuri II consiste em um potente canhão Oto Melara de 105 mm e 52 calibres, capaz de disparar munições HEAT-MP-T e APDSFS.O canhão é feito com um tipo de metal revestido com uma luva térmica. Como armamento secundário, estão montados  metralhadora coaxial MAG calibre 7,62mm, e uma metralhadora ant-aérea Browning. 50 (12,7mm) instalada na parte externa da torre Possuía ainda  6 tubos lançadores de granadas de fumaça de cada lado da torre, que podiam ser lançadas individualmente ou em grupos no qual tambémpodiam disparar granadas antipessoal em lugar das fumígenas. 


CONTROLE DE TIRO
O Sucuri II possuía uma moderna suíte de equipamentos eletrônicos. O controle de tiro era era fornecido pela  Aeritalia, modelo Telescope C-215, O periscópio do sistema de controle de tiro do atirador era um OIP modelo LRS-5, tipo diurno/noturno, tipo laser ND-YAG,. Já os periscópios do sistema de controle de tiro do comandante eram um OIP modelo SCS-5, 8x diurno e noturno; quatro GUS modelo M-17 para visão diurna, e do municiador um HELIO modelo AFV No. 30 MK, tipo diurno/panorâmico, 360º 1x. 

Acima:O canhão de 105 mm usado no Sucuri apresentava alma raiada o que lhe garantia uma precisão maior em seus disparos.

PROTEÇÃO
O Sucuri II estava protegido com uma blindagem sendo ela composta por chapas blindadas bimetálicas montadas junto com chapas de blindagem composta, a mesma blindagem empregada no EE T-1 Osório (composto de aço, cerâmica, alumínio e fibra de carbono) em algumas partes do veiculo. Outra característica de proteção do Sucuri II é a sua invulnerabilidade a ambientes NQB (Nuclear, Químico e Bacteriológico).

Acima: Com uma blindagem mais pesada, o Sucuri II apresentava melhores chances de sobrevivência em combate quando comparado ao veículo Cascavel.

SISTEMA DE PROPULSÃO
A propulsão do Sucuri II é feita por um potente motor Scania DS 11, diesel, seis cilindros em linha, com uma potência de,384HP Com esse motor o Sucuri II pode atingir uma velocidade máxima de 115 km/h o que lhe permite uma maior agilidade na frente de combate. Os pneus do Sucuri II são do tipo “run flat”, e sem câmaras, por tanto, extremamente resistente a tiros,  Sistema central de calibragem dos pneus (CTIS) permite mobilidade elevada em qualquer tipo de terreno. O Sucuri II era capaz de entrar em rios com profundidade de até 1,5 m, superar trincheiras de 1,5 m e obstáculos verticais de até 0,6 metros.


SUSPENSÃO
O sistema de suspensão era composto por unidade hidropneumática, bandeja e munhão. A bandeja era fixada ao monobloco através de mancais e a unidade hidropneumática pelo munhão. A unidade hidropneumática foi fixada ao monobloco através de flange parafusada na parte superior e por uma porca especial com trava na parte inferior (munhão) e era composta por três cilindros e um pistão separador. Dois dos cilindros são fixos pela parte inferior que contém óleo e pela parte superior que contém gás nitrogênio. O efeito de mola da suspensão é obtido através da compressão do gás nitrogênio contido na câmara superior da unidade com o movimento dos cilindros inferiores, comprimindo o gás que é separado pelo pistão separador. O amortecimento é obtido via placa de orifícios na câmara de óleo. A regulagem era feita através do ajuste da pressão de nitrogênio através de um terminal de fácil acesso. Esta suspensão (dianteira, traseira, posterior e anterior) era DUNLOP do tipo Mc Pherson, independente, hidropeneumática.
Essas características fizeram do EE-18 SUCURI II um veiculo flexível e ágil podendo operar em terrenos variados. Com seu grande poder de fogo consegue destruir veículos com as mais resistentes blindagens. Concebido para realizar operações ofensivas e contra blindados dos mais variados tipos realizando ataques fulminantes, podendo realizar missões de reconhecimento. Era previsto a construção de outras versões, adaptando-se assim as necessidades do cliente. O veiculo foi apresentado a delegações de vários países que visitavam a fabrica da Engesa para conhecer o mais sofisticado 6x6 da Engesa.  Infelizmente EE-18 Sucuri II não passou da fase de protótipo, com um apenas construído, que não chegou a ser avaliado pelo Exército e o pior não foi sequer preservado, tendo sido desmanchado e vendido como ferro velho, sendo que seu canhão foi devolvido à Oto-Melara, e outros itens também seguiram o mesmo destino. O EE-18 SUCURI II deveria ter sido o autêntico sucessor do EE-9 Cascavel.

Acima:O blindado Rooikat, desenvolvido na Africa do Sul é um veículo similar ao Sucuri e preenche um nicho de mercado que hoje poderia estar sendo dividido, ou até dominado pelo Brasil, se não fossem problemas administrativos da Engesa e do descaso governamental com sua industria de defesa.

FICHA TÉCNICA

Velocidade máxima: 115 Km/h.

Alcance Maximo: 600 km.

Motor: Scania DS 11, diesel, quatro tempos, refrigerado a água, seis cilindros em linha, injeção direta, turbo comprimido, 384HP de potência máxima.

Peso: 18,5 Toneladas.

Comprimento: 7,75 m.

Largura: 2,33 m.

Altura: 2,80 m.

Tripulação: 4..
Inclinação frontal: 60º.

Inclinação transversal: 30º.

Passagem de vau:  1,5 m.

Obstáculo vertical: 0,60 m

Trincheira: 1,2  m

Armamento: Um canhão Oto Melara de 105 mm, uma metralhadora coaxial MAG calibre 7,62mm,1 metralhadora Browning. 50 (12,7mm) instalada na parte externa da torre,


Fontes:Catalogo de produtos Engesa: EE-18 Sucuri iI; site area militar; Revista Da Cultura; Revista Armas de Guerra do Brasil.  





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PESQUISA

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Olá pessoal.
Já faz 5 anos que mantenho os 3 blogs Campo de Batalha, e o sucesso deste trabalho tem sido surpreendente. Como podem perceber, 5 anos não é um período pequeno e tenho considerado aplicar algumas modificações no Campo de Batalha. Talvez um novo índice de matérias para facilitar a pesquisa de assuntos que já foram abordados no blog; uma mudança de layout na apresentação da pagina, em fim... Estou abrindo esta postagem como um canal para ouvir você, leitor, no que este blog poderia mudar (e melhorar).
As sugestões devem ser enviadas pela o e-mail do blog: campodebatalha.blogs@gmail.com

IMBEL IA-2. Um adeus ao velho FAL?

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DESCRIÇÃO
O exército brasileiro usa como armamento padrão dos seus soldados o clássico (e antigo) fuzil FAL, adotado em 1964 e produzido localmente pela Imbel desde o começo da década de 70 do século passado. Já são quase 50 anos de uso desta arma e muitas coisas mudaram no campo de batalha neste grande intervalo. Uma das coisas que mudaram foi a adoção por grande parte dos exércitos ocidentais e muitos orientais de um cartucho menor e de menor potencia, mas que traz a possibilidade de maior quantidade de munição e um menor recuo. A migração do campo de batalha para o ambiente urbano diminuiu muito a distancia dos combates que antes eram de mais de 500 metros. Num ambiente urbano, os combates, dificilmente excedem os 300 metros de distancia.  Outra mudança importante é a modularidade dos novos fuzis que normalmente podem ter instalado, sem apoio de um armeiro técnico, acessórios como lanternas, apontadores laser e miras ópticas. O tamanho do fuzil diminuiu e o peso da arma também, o que acarretou em um maior conforto e mobilidade para o soldado poder atuar nos confinados ambientes que ocorrem nas cidades. O FAL é incompatível com esta nova situação por causa de seu tamanho que supera 1 metro e ainda o potente cartucho 7,62X51 mm permite o transporte de menos munição devido a suas dimensões e peso. Não pretendo entrar no érito sobre a munição ideal para fuzis, mas o calibre 7,62X51 mm contínua e continuará tenho uma importância muito grande nos conflitos atuais e futuro, e nosso exército se manteve atento a isso.
Acima: O velho fuzil FAL já chegou na sua hora de descansar depois de quase 50 anos em serviço nas mãos dos soldados brasileiros.

O exército brasileiro tentou modificar o FAL para o calibre 5,56X45 mm, criando o MD-2, mas o resultado foi uma arma pesada com um sistema de funcionamento inadequado para o pequeno calibre. Depois lançou um produto novo, o fuzil MD-97, já apresentado neste blog, e que para manter um custo mais baixo aproveitava alguns elementos do velho FAL. O MD-97 é usado por algumas tropas de brigadas de operações especiais do exercito, pela força de segurança nacional e muitas forças policiais em vários Estados brasileiros. Porém, o modelo não é uma unanimidade em termos de confiabilidade, sendo que o exército optou por pedir o desenvolvimento de um novo fuzil que tivesse dentro dos padrões encontrados nos mais recentes projetos nesse gênero de armamento.
Acima:O primeiro fuzil da Imbel em calibre 5,56X45 mm e com o novo sistema de ferrolho rotativo foi o MD-97L. O modelo, on entanto, apresentou algumas deficiências que fizeram o exército brasileiro solicitar um fuzil de novo projeto.

O novo projeto da Imbel para atender os requisitos do exército e das outras duas forças armadas brasileiras, batizado de IA-2, está sendo fabricado no calibre 5,56X45 mm e no calibre 7,62X51 mm, sendo que o carregador deste ultimo é o mesmo do FAL, uma positiva e desejável característica que facilita a logística. 
É interessante notar que as versões em calibres diferentes do IA-2 possuem mecanismos distintos sendo derivados dos modelos fabricados pela Imbel anteriormente. Assim sendo, o IA-2 em calibre 7,62X51 mm tem seu sistema e operação igual ao do FAL, ou seja, por sistema de ferrolho basculante, enquanto que o IA-2 em calibre 5,56X45 mm opera por sistema de ferrolho rotativo como no MD-97L.  Porém, alguns detalhes da mecânica foram alterados, como por exemplo, o extrator que teve seu desenho modificado para melhorar o processo de ejeção dos cartuchos deflagrados. O posicionamento do percussor foi modificado também. 

Acima:Nesta foto temos o primeiro protótipo do IA-2 em calibre 7,62X51 mm. A coronha montada neste modelo é a mesma do FAL e do MD-97, sendo que ela foi substituída nos protótipos posteriores.

No geral, pode-se dizer que a mecânica do IA-2 foi aperfeiçoada em relação aos seus antecessores, eliminando algumas características indesejáveis que ocorriam neles. Graças ao emprego pesado de polímero, o IA-2 acabou ficando com peso de 3,7 kg, bem mais leve que o FAL que pesa 4,5 kg (ambos desmuniciados).  A empunhadura possui um formato totalmente novo, rompendo com o desenho do FAL e MD-97L, sendo muito mais confortável, com uma melhor ergonomia. É interessante notar, porém, que mesmo tendo-se buscado solucionar fraquezas do projeto antigo, uma indesejável característica se manteve: A alavanca de manejo do ferrolho não é ambidestra. Ela fica montada no lado esquerdo do fuzil e não pode ser trocado de lado. 
Acima: Neste foto em detalhe pode-se observar o desenho da nova empunhadura e o botão do retem do carregador em uma posição nova que facilita o uso das duas mãos. Infelizmente a alavanca do manejo do ferrolho continua sendo exclusivamente do lado esquerdo, dificultando o uso por uma pessoa canhota.

O fuzil recebeu uma telha (ou guarda mão) em polímero de alto impacto que possui trilhos picatinny em todos os lados (como nos projetos mais modernos deste tipo de armamento), facilitando a instalação de acessórios. O IA-2 foi projetado de acordo com especificações do exército brasileiro, porém a Imbel tomou iniciativa de introduzir no projeto algumas características a mais visando tornar o armamento competitivo no mercado internacional. A coronha é um ponto que ainda não está claro qual será sua versão definitiva. Uma coronha bastante avançada foi apresentada em alguns protótipos iniciais e apresentava ajustes de comprimento e rebatimento, ao melhor estilo FN SCAR, porém tenho observado que os modelos em testes por algumas tropas do exército estão apresentando uma coronha mais simples, porém de desenho totalmente novo e que, quase certamente, será o modelo definitivo da coronha do IA-2.
Acima:O modelo IA-2 standard em calibre 5,56X45 mm apresenta a coronha avançada que menciono no texto. Esta peça foi descartada em favor de um modelo mais simples.

As 3 forças armadas brasileiras que hoje operam com velhos fuzis como o velho FAL (Exército e Marinha), o antigo HK-33 (Força Aérea), sendo que as tropas Para SAR usam o moderno e caro SIG 551, e os fuzileiros navais que usam o fuzil norte americano M-16A2 e a carabina M-4A1, que é a versão curta do M-16 deverão receber o IA-2 em substituição a estas armas.

Segundo uma interessante e esclarecedora entrevista com o General de divisão Aderico Mattioli onde ele deixa claro que o IA-2 será entregue a tropa e com a experiência desse lote inicial, serão aplicadas modificações para aprimoramento da arma de forma que ela se torne um fuzil equivalente aos melhores do mundo.

Acima: 1º Esquadrão de Cavalaria Pára-quedista recebeu recentemente fuzis IA-2 em calibre 5,56 mm para avaliação de campo em condições reais de emprego. O exemplar acima está equipado com um lançador de granadas M-203 de 40 mm.

FICHA TÉCNICA (IA-2 em calibre 5,56x 45mm)
Tipo: Fuzil automático.
Miras: Alça com regulagem lateral com2 posições (150 e 250 metros); Massa regulável verticalmente. Miras ópticas e reflex podem ser integradas facilmente devido ao trilho picatinny. 
Peso: 3.7 Kg (vazio). 
Sistema de operação: A gás com ferrolho rotativo. 
Calibre: 5,56 X 45 mm (223 Remington).
Comprimento Total: 99,3 cm com a coronha aberta, e 74 cm com a coronha rebatida.
Comprimento do Cano: 17,2 polegadas.
Velocidade na Boca do Cano: 900 m/seg.
cadencia de tiro: 750 tiros/min


Acima:Este IA-2 em 5,56X45 mm mostra alguns dos acessórios que podem ser facilmente instalados por conta dos trilhos picatinny.

Acima:Dois IA-2 expostos na LAAD-2011. Esses exemplares já estão com a configuração definitiva, incluindo a nova coronha.

Acima:Um IA-2 em calibre 7,62X51 mm sendo testado na fábrica de Itajubá, Onde a Imbel desenvolve e constrói seus fuzis.

Acima:Aqui podemos ver o exemplar definitivo do IA-2 em calibre 7,62X51 mm.

ABAIXO PODEMOS VER UM VÍDEO DE APRESENTAÇÃO O IA-2.

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VÍDEO: TREINAMENTO MAGPUL COM CARABINAS

HEAVY INDUSTRIES TAXILA AL-KHALID. A imortal couraça do deserto.

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ORIGENS  Por Anderson Barros
A origem do MBT Al Khalid começa na China no final da década de 1970, quando o alto comando do Exército de Libertação Popular (PLA) começou a realizar estudos para a concepção de um novo MBT para substituir os antigos e obsoletos MBT Type-59. O novo veiculo deveria ser capaz de enfrentar os novos MBTs soviéticos que começavam a entrar em serviço como os T-80 e futuramente os T-90 alem  de ser capaz de competir com modelos ocidentais como o M-1 Abrams americano AMX-56 Leclerc francês e o Leopard 2 alemão. Diante desses estudos, o Exército de Libertação Popular incumbiu aChina North Industries Corporation (NORINCO) para desenvolver a nova geração de MBTs chineses.  Após analizar carros de combate T-72 capturados do Iraque pelo Irã assim como outros modelos como os M-60 Patton e Chieftain, ocorreu o primeiro resultado desses estudos que teve a forma do carro de combate Type-80 (na verdade uma copia melhorada do T-72 soviético) cuja versão de produção ficou conhecida como Type-88. Porem o T-72 obteve péssimos resultados na Guerra do Golfo onde foi derrotado com facilidade pelos M-1 Abrams americano e Challenger 1 inglês. Com isso as autoridades chinesas perceberam que o Type-88 não seria capaz de enfrentar em igualdade os carros de combates ocidentais e soviéticos de nova geração. Utilizando como base o Type-88 a Norinco começou a desenvolver um novo veiculo. O novo carro de combate recebeu a designação de Type-90. Porém, ele não foi aceito pelo Exército de Libertação Popular (PLA). O desenvolvimento do Type-90 continuou pela Norinco e deu origem ao MBT Type-96.
Acima: O obsoleto carro de combate Type 59 foi um dos blindados do qual o Al Khalid deveria apoiar (não substituir) inicialmente. Porém é claro que esta possibilidade seria bastante viável com o envelhecimento da frota destes cansados carros de combate.

DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
Com o fim da Guerra indo-paquistanesa de 1971, a força blindada paquistanesa era composta, sobretudo por modelos Type-59 e M-48. Porem, ao longo da década de 1970, países vizinhos  começavam a adquirir MBTs mais modernos em relação aos utilizados pelo Paquistão. A Índia havia iniciado em 1972, o seu próprio projeto para a concepção de um novo MBT que deu origem ao MBT Arjun e negociava com a União Soviética a compra de carros de combate T-72 e a modernização dos carros de combate T-54. O Irã operava seus MBTs Chieftain (conhecido localmente como Shir), M-60 e havia encomendava aRoyal Ordnance Factories uma versão avançada do Chieftain que seria denominada Shir-2 (com a Revolução Islâmica no Irã em 1979, a entrega do Shir-2 foi cancelada porem aRoyal Ordnance Factories continuou com o programa que acabou resultando no MBT challenger 1). O primeiro passo do governo paquistanês foi à compra de mais unidades dos carros de combate Type-59 e a modernização dos M-48 Patton para o padrão M-48A5. No inicio de 1980 o exercito paquistanês começou a estudar a compra de um MBT mais moderno. O novo modelo não deveria substituir os carros de combates já em uso pelo exercito e sim complementá-los com um modelo de carro de combate mais moderno.  De inicio Leopard 2 foi apontado como o melhor modelo porem o governo alemão se recusava em vender o carro de combate fora do âmbito dos países da OTAN. O carro de combate TAM chegou a ser cogitado, mas não atendia os requisitos e não chegou a se quer ser testado. O Paquistão se voltou para a França que havia ofertado o seu AMX-40 o veiculo preencheu bem os requisitos do exercito paquistanês, mas o exercito estava interessado no M-1 Abrams americano porem divergências entres os governos cancelaram a compra. Então o Paquistão se voltou para o seu velho aliado a China. Em 1988 foi assinado um acordo para o desenvolvimento do projeto que passou a ser chamado de MBT-2000 após estudos ficou decidido que o novo carro de combate seria baseado no projeto chinês Type-90. O projeto original sofreu modificações visando atender as necessidades do exercito paquistanês e em 1990, a China e o Paquistão assinaram um acordo para o desenvolvimento e produção do novo veiculo. A fabricação do veiculo no Paquistão ficou a cargo da Heavy Industries Taxila e recebeu designação de “Al Khalid” porem, na China o Al Khalid e conhecido como Type-90 IIM e sua desiguinação para exportação e MBT-2000.
Acima:O Al Khalid não deixa sombra de duvidas sobre a influencia dos MBTs russos em seu projeto.

ARMAMENTO
O Al Khalid é armado com um canhão  ZPT-98 de 125 mm de alma lisa estabilizado com carregamento automático capaz de disparar munição perfurante de blindagem APFSDS (flecha) também, munição HEAT (Alto Explosivo Anti Tanque) entre outras. O canhão do Al Khalid é capaz de lançar o míssil 9M119 Refleks (AT-11 Sniper, nome da OTAN) guiado a laser com um alcance de 6 km e o míssil AT-9 antitanque, com 8 km de alcance, guiado a laser.Sua capacidade de munição é de 41 granadas 22 na torre, no carregador automático mais 19 no carro. Como armamento secundário, o Al Khalid está armado com uma metralhadora antiaérea calibre 12,7 mm, e uma metralhadora calibre 7,62 mm coaxial alem de lançadores de granada de fumaça. O Al Khalid está equipado com um sistema de comunicação e gerenciamento de campo de batalha que disponibiliza informações sobre o campo de batalha como as força inimigas, aliadas, identificação amigo/ inimigo e designa alvos prioritários, além de poder ser usado no planejamento das rotas da missão e proporciona a conexão para troca de dados com outros veículos e com o centro de comando.
Acima:O míssil 9M119 Refleks(AT-11 Sniper) é um trunfo na composição do armamento do Al Khalid. Seu poder de destruição pode parar qualquer carro de combate conhecido.

PROPULSÃO
Inicialmente o Al Khalid seria propulsado por um motor Perkins Caterpillar CV 12 com 12 cilindros e 1200 HP de potência (motor utilizado pelo Challenger 2) acoplado a uma transmissão automática ESM 500 com 5 marchas para frente e duas em ré ( mesma utilizada pelo MBT Leclerc). Porem o Paquistão sofreria um embargo americano devido ao fato de ter desenvolvido armas nucleares. Para sanar esse problema o Paquistão assinou um acordo com a Ucrânia para o fornecimento de motores do modelo KMDB 6TD-2 com uma potência de 1200 HP sendo capaz de levar o Al Khalid a uma velocidade máxima de 70 km/h em estradas e 50 km/h em terreno irregular.A autonomia do Al Khalid é de cerca de 550 km. O motor e movido a diesel porem pode ser utilizado gasolina ou combustível de aviação. Outra característica do Al Khalid é sua capacidade de transpor rios com até 1,8 m de profundidade sem preparação e até 5 m de profundidade com a utilização de um “snorkel”.  As lagartas utilizadas pelo Al Khalid são de fabricação Ucraniana (as mesmas utilizadas no MBT T-84 Oplot) alem das lagartas normais de aço existe a opção de utilizar uma lagarta com revestimento de borracha, que são acopladas por cima dos gomos de aço que melhora a tração em estradas.

PROTEÇÃO
A proteção do Al Khalid é constituída de uma blindagem composta de cerâmica e alumínio muito eficaz, e relativamente leve sendo modular, substituída, quando o tanque é atingido.Além disso, o Al Khalid possui um sistema de blindagem modular reativa ERA que foi desenvolvida pela empresa Global Industries e Soluções Defesa Corporation (GIDs). Para os sistemas de defesa foram utilizados os sistemas de origem ucraniana Varta, que detecta e avisa a tripulação quando o veiculo está sendo iluminado por um laser adotando automaticamente medidas defensivas com um sistema que lança um aerosol para impedir que o feixe do laser consiga iluminar o tanque. Outra característica de proteção do Al Khalid é a sua capacidade de operar em ambientes NQB (Nuclear Químico e Bacteriológico).
Acima:A proteção blindada do Al Khalid supera a encontrada nos blindados russos do qual ele teve seu projeto influenciado.

VERSÕES DE EXPORTAÇÃO
Alem da versão desenvolvida para o Paquistão designada Al Khalid, outras duas versões foram desenvolvidos para atender futuros clientes estrangeiros. Para conquistar o mercado externo de carros de combate, o projeto sofreu algumas modificações, pois o projeto inicial visava atender os requisitos estabelecidos pelo exercito paquistanês. As modificações adequaram o MBT-2000 a concorrer no mercado internacional. As novas versões foram apresentadas pela China na exposição de defesa em Abu Dhabi nos Emirado Arabes unidos.
A primeira versão teve os sistemas de origem ucraniana substituídos por sistemas de origem chinesa. A Norinco substituiu o motor ucraniano por um motor chinês derivado do motor alemão MB-871 KA501 porem o tanque também pode ser equipado com um motor Perkins Caterpillar CV 12 com 12 cilindros e 1200 HP de potência. Possui sistemas eletrônicos similares ao Type-99. Para sua defesa possui sistema de defesa contra mísseis guiados a laser que emite múltiplos feixes em varias as direções, desorientando o míssil e evitando que o tanque seja atingido.
A segunda versão foi desenvolvida para atender as nações ocidentais que utilizam sistemas e armamentos padrão OTAN. Para isso foram incorporados diversos sistemas ocidentais ao veiculo. O motor Ucraniano modeloKMDB 6TD-2  foi substituído por um motor Alemão MTU 873 V 12 turbo com 1500 HP (motor utilizado pelo Leopard 2) as lagartas são fornecidas Diehl da Alemanha. Outra substituição feita visando adequar o veiculo para exportação e a substituição do canhão ZPT-98 de 125 mm por um canhão KBM2 L/50 de 120 mm de origem ucraniana fabricado pela KMDB-Kharkhiv Morozov (o mesmo canhão utilizado pelo MBT T-84 Yatagan).
Acima:O projeto do Al Khalid foi modificado para poder fornecer ao mercado de exportação um carro de combate que atenda os requisitos de nações  que precisem de um novo carro de combate.  Porém é interessante observar que os potenciais países compradores deste carro de combate são os que sofrem restrições para adquirir armas dos tradicionais fabricante europeus e norte americanos.

OPERADORES
Paquistão
O Exercito do Paquistão foi o responsável pelo programa MBT-2000 para a versão utilizada pelo exercito paquistanês recebeu a designação de Al Khalid que significa “O Imortal” em árabe cujo programa beneficiou a indústria bélica paquistanesa. A produção do Al Khalid ficou a cargo da Heavy Industries Taxila e a encomenda inicial compreende em 600 unidades no qual os primeiros exemplares foram entregues em 2001. A Heavy Industries Taxila e também e responsável pela fabricação da versão paquistanesa do MBT-2000 para o mercado internacional.
Bangladesh
O Exercito do Bangladesh e um velho operador de equipamentos de origem chinesa. Sua frota de carros de combate compreende em cerca de 1000 exemplares dos modelos Type-59, Type-62 e os Type-69/79. Após conversas com o governo da China o Exercito do Bangladesh adquiriu 44 unidades da versão Chinesa do MBT-2000 e 3 unidades de veiculo de recuperação. As entregas iram ocorrer no período 2013/2014. A fabricação ficara a cargo da China North Industries Corporation (NORINCO).
Peru
Recentemente o Governo do Peru arrendou 5 unidades do MBT-2000 no qual foram mostrado pela primeira vez em um desfile militar. Após o desfile o Exercito Peruano anunciou sua intenção de adquirir entre 80 a 120 unidades do MBT-2000 em sua versão Al Khalid (com equipamentos de origem Ucraniana). De acordo com o Exercito os novos modelos deveriam substituir os carros de combate T-55 que já estão obsoletos. Porem o programa sofreu atrasos, sobretudo por causa da recusa Ucraniana em fornecer seus componentes (motores, transmissão e sistemas de defesa) devido a eliminação do T-84 Oplot da concorrência peruana. Apos os ucranianos autorizarem o fornecimento dos seus componentes ficou decidido que os veículos seriam produzidos na China devido às linhas de produção da Heavy Industries Taxila estarem atendendo as entregas para o exercito do Paquistão. Porem recentemente a compra foi adiada onde a verba para a compra dos novos carros de combate foi direcionada para aquisição de itens mais prioritários, a maioria deles para prover apoio à nação em caso de ocorrência de desastres naturais.
Arábia Saudita
Recentemente o Exercito da Arábia Saudita arrendou um exemplar do Al Khalid para realizar testes no deserto visando à compra de um novo MBT para seu exercito. O Exercito Saudita mostrou interesse em adquirir a versão Al Khalid II que esta em desenvolvimento pelo Paquistão pela Heavy Industries Taxila com a colaboração da Norinco. 
Acima:Aqui podemos ver um MBT 2000 em desfile nas ruas do Peru.

O FUTURO
O Paquistão e conjunto com a China esta desenvolvendo uma versão avançada do Al Khalid em resposta a índia que recentemente anunciou uma versão avançada do seu MBT Arjun denominada Arjun Mk-2. A nova versão paquistanesa recebeu a designação de Al Khalid II que poderá receber auxilio financeiro saudita. O novo veiculo sofreu alterações na suspensão que recebeu suspensão semi ativa hidropneumatica. O sistema de controle de tiro recebeu melhoramentos e será fabricado pela francesa Sagem, e conta com sensores de pontaria formado por um radar de ondas milimétrica integrado a um telêmetro a laser que é usado para identificar e designar alvos. O novo tanque contara com o sistema SHTORA-1 desenvolvida pela Rússia (Electronintorg), França (Thales) e Bielorússia (PELENG) e o sistema Ativo ARENA que faz uso de um radar que escaneia 300 graus ao redor do tanque detectando mísseis ou projeteis.

Acima:Um desenho da atual versão do Al Khalid em 3 vistas.

FICHA TÉCNICA (AL KHALID)

Velocidade máxima: 70 Km/h em estrada e 50 Km/h fora da estrada.

Alcance máximo: 550 Km.

Motor:Um motor 6TD-2 a diesel com 1200 Hp.

Peso: 48 toneladas

Comprimento: 7,35 m.

Largura: 3,50 m.

Altura: 2,40 m

Tripulação: 3 homens

Inclinação frontal: 60º

Inclinação lateral: 40º

Passagem de vau: 1,8 m.

Armamento: Um canhão ZPT-98 estabilizado de 125 mm, uma metralhadora antiaérea calibre 12,7 mm e uma metralhadora coaxial em calibre 7,62 mm


ABAIXO TEMOS UM VÍDEO DE APRESENTAÇÃO DO MBT AL KHALID.

Fontes:Site sinodefence,Site areamilitar,Site globalsecurity,SitePakistanDefence.Site Janes

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CESKA ZBROJOVKA CZ-805 BREN A1/ A2. Mais uma obra de arte da CZ

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DESCRIÇÃO
A famosa empresa CZ da Tchecoslováquia, reconhecida como a fabricante de uma das melhores pistolas em 9 mm do mundo, a CZ-75 e da pequena submetralhadora Vz-61 Skorpion, acabou de lançar um novo fuzil de assalto para substituir os velhos Vz-58, usados no exército tcheco, uma arma que se assemelha externamente a um AK-47, mas que usa um sistema de funcionamento bem diferente, através de ação de gases e recuo curto. Este fuzil, completamente obsoleto, está em serviço a pouco mais de 50 anos, tendo entrado em serviço em 1959.
O novo fuzil CZ 805 Bren tem um desenho que lembra um pouco o FN SCAR e o HK G-36, alemão. Porém, analisando as características e recursos do novo fuzl da CZ, fica claro que ele tem mais aproximação com o SCAR que com o G-36.

Acima:O velho fuzil Vz-58 já precisa se aposentar. Este velho guerreiro deve dar lugar a um dos mais modernos fuzis de assalto do mundo, o CZ-805 Bren. 
Seu funcionamento, como no SCAR e G-36, ocorre por um sistema de aproveitamento de gases que movimentam um ferrolho rotativo. Existe uma tecla seletora de regime de fogo que dá a opção para rajada, rajada curta de dois tiros, tiro intermitente e “safe”, arma bloqueada. Com relação ao aproveitamento de gases, existe um botão acima do cano, ao final da telha, que dá duas opções de captação dos gases, o que otimiza o uso da arma em condições de sujeira ou de troca de calibres, este ultimo, um recurso que traz similaridades com seu par, o SCAR. O Bren pode ter seu calibre facilmente trocado em campo, sem necessidade de um especialista ou “armeiro”, com a simples troca do cano, do compartimento do carregador e do conjunto do pistão de gás e culatra. Atualmente, os calibres previstos são o 5,56X45 mm (padrão da arma), o 7,62X39 mm (russo) e o moderno 6,8 SPC, da Remington. Existe a possibilidade, segundo o fabricante, de no futuro, haver o kit para conversão para o potente calibre 7,62X51 mm usado nos fuzis FAL, HK-417 e AR-10. Todos os canos foram construídos já com adaptação de supressores de ruídos ou de flash.


Acima: Na foto mais alta temos um fuzil HK G-36K, o primeiro desta nova geração de fuzis que começaram a aparecer em meados dos anos 90 e abaixo. podemos ver um moderno fuzil FN SCAR MK-16. O CZ-805 tem influência de um pouco dos dois em seu projeto.
Outra característica da modularidade integrada ao projeto é a instalação de trilhos picatinny padrão MIL-STD 1913 nas laterais e abaixo da telha, assim como toda a superfície superior do fuzil, facilitando a instalação de miras ópticas, lanternas, apontadores laser e lançadores de granadas. Embora o CZ-805 Bren possa ser equipado com uma grande variedade de tipos de miras ópticas, a mira standard é dobrável e removível, montada no trilho superior. A alavanca de manejo do ferrolho pode ser montada em qualquer um dos lados da arma para beneficiar atiradores destros e canhotos, um recurso cada vez mais comum em modernos fuzis automáticos.
Acima:O fuzil CZ-805 A1 Bren, versão standard da nova arma tem detalhes estéticos e mecânicos que lembram seus concorrentes SCAR e G-36. A empunhadura, porém, tem a clássica boa ergonomia da CZ.
O carregador tem capacidade para 30 tiros, e é construído em plástico transparente para facilitar a visualização da quantidade de munição, característica, esta, que foi requisitada pelo exército tcheco. O encaixe do carregador, no entanto, é compatível com carregadores stanag (padrão M-16/AR-15), para facilitar o uso de carregadores de exércitos aliados em situações de combate.

Além do carregador, a seção do punho e encaixe do carregador, também, é de plástico de alta resistência, enquanto que a parte de cima da arma é em liga de alumínio visando a diminuição do peso total do fuzil.
Acima:Nesta foto, podemos ver um soldado Techeco com seu novo CZ-805. Notem o carregador transparente que facilita a visualização da quantidade de munição.
A CZ desenvolveu um lançador de granadas específico para uso no CZ-805 Bren, chamado CZ-805 G1 em calibre 40X46 mm, que pode ser usado fora do fuzil.
A versão carabina, pensada para ser usada por pára-quedistas, tripulantes de veículos blindados ou mesmo para uso policial, é chamada CZ-805A2 e se diferencia do fuzil “A1” exclusivamente pelo comprimento do cano, mais curto na versão A2.

Acima: A versão A2 do Bren tem o cano mais curto, sendo ideal para uso em situações de transporte dentro de blindados ou uso policial.

A coronha do Bren é revestida de borracha para permitir um maior conforto aos soldados e certamente tem influencia na diminuição da percepção do recuo da arma, uma vantagem que pode ser muito útil em fogo totalmente automático, dando maior controle no momento das rajadas. Esta coronha é, dobrável, para facilitar o transporte em lugares com pouco espaço. É interessante notar que havia uma coronha com ajustes de comprimento e de apoio para o rosto, mas esta coronha foi substituída pelo modelo atual e mais simples (e certamente mais barato). A arma, ainda, possui uma baioneta, desenhada pela própria CZ, e que é fornecida como acessório básico do fuzil.

Acima: O CZ-805 acima está equipado com o seu lançador de granadas CZ-805G1. porém, com seus trilhos picatinny, é fácil instalar outros modelos de lançadores de granadas como o M-203, norte americano.
A CZ já começou a entregar o Bren para as unidades do exército tcheco e prevê que até 2013, terão sido entregues 8000 unidades do seu novo fuzil. Além do exército do próprio país, a CZ deve oferecer seu novo fuzil a França que pretende substituir seu fuzil FAMAS em meados de 2013. A CZ tem, ainda, uma filial em território norte americano e fornece fuzis semi-automáticos no naquele rico mercado de armas civis. O CZ-805 deve estar disponível para o sortudo publico norte americano, que vive sem as pesadas restrições para aquisição de armamentos como vemos no Brasil, e mesmo assim, os índices de homicídios daquela democrática nação são absurdamente menores que os do Brasil.
Acima: Um soldado Tcheco demonstra seu novo CZ-805. Notem a manopla de manobra e as miras ópticas duplas neste exemplar.

FICHA TÉCNICA
Calibre: 5,56 X 45 mm, 7,62X39 mm, 6,8X43 mm SPC
Miras: Diversos modelos, entre comum, dobrável, a miras reflex e ópticas.
Carregador: 30 tiros.
Taxa de tiro: 750 tiros/ min.
Peso vazio: A1: 3,49 kg. A2: 3,41 kg
Comprimento: A1: 91,5 cm (coronha estendida). A2: 78 cm (coronha estendida)
Comprimento do cano: A1: 36 cm. A2: 27,7cm.
Sistema de operação: Ferrolho rotativo com tomada de gases

Cadencia de tiro: 750 tiros/min

ABAIXO PODEMOS VER DOIS VÍDEOS COM DEMONSTRAÇÕES DO NOVO CZ-805 BREN.

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REVISTA OPERACIONAL

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Olá amigos
Foi lançada uma nova publicação online chamada "REVISTA OPERACIONAL" que tratará de assuntos ligados a defesa e segurança publica. Os seus autores são o Rafael Sayão e o Carlos Filipe Operti. Convido aos leitores do Campo de Batalha que conheçam este ótimo trabalho no link: http://www.revistaoperacional.com.br/
Abraços

US NAVY SEALS. Pelo mar, pelo ar e por terra.

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INTRODUÇÃO  Por Carlos Emilio Di Santis Junior e Anderson Barros
Os leitores mais assíduos dos 3 Blogs Campo de Batalha sabem que algumas matérias deste blog são de autoria de colaboradores e amigos entusiastas ou militares que compartilham a vontade de difundir informações sobre sistemas de armas . Eu sou o dono do blog, e minha especialidade é tratar de assuntos relacionados a sistemas de armas propriamente dita, e por isso podem reparar que nenhuma das matérias que trata de “tropas de elite” é de minha autoria. Isso ocorreu, primeiramente, pois eu não tenho tanto conhecimento deste assunto como tenho de sistemas de armas e por isso eu não me sentia a vontade em tratar do tema. Mas uma coisa eu sei, desde que estudo sobre assuntos militares: Entre as tropas de elite dos Estados Unidos, onde há o Delta Force, Boinas Verdes, Rangers, etc... Nenhum deles me causa maior admiração que o US Navy SEAL da marinha dos Estados Unidos. Já havia assistido a um documentário nos anos 90 e li dois textos sobre eles em livros sobre forças especiais e fiquei muito impressionado com a dificuldade em se tornar um SEAL. Aproveitando esta admiração e o fato recente da morte do terrorista Osama Bin Laden, executada pelos SEALs, resolvi escrever meu primeiro texto sobre uma tropa de elite. Nesse texto, escrito com  a ajuda do colaborador Anderson Barros que colaborou com sua experiência militar, espero conseguir transcrever de forma objetiva um pouco do que representa o SEAL no mundo das forças especiais.
Acima: Pondendo penetrar em território hostil, vindo pelo mar ou pelo ar (como paraquedistas), o SEAL executa suas missões de forma discreta se chamar a atenção de forma que só se percebe que eles estiveram no local depois da missão executada.

ORIGEM
A marinha dos Estados Unidos (US Navy) possuía, na segunda guerra mundial, uma tropa de elite chamada UDT (Underwater Demolition teams) “Equipe de demolição submarina”, que eram empregados em missões especiais de reconhecimento em ambiente “não autorizado” (zona quente) e destruição de alvos costeiros. Quando o presidente John F Kennedy decidiu criar o grupo SEAL, com responsabilidades ampliadas e maior flexibilidade de emprego, em 1962, foram chamados membros das UDTs  para iniciar essa atividade e foi dado treinamento especifico para que eles pudessem executar as novas missões.  O SEAL é qualificado para executar as mesmas tarefas da UDT somado a outras novas missões como guerra contra-terrorismo, pára-quedismo, guerra de guerrilha, resgate de reféns, eliminação de alvos especiais e missões de defesa em território estrangeiros, treinando aliados para missões especiais. A primeira missão do SEAL foi no Vietnam, onde operaram de forma clandestina a serviço da CIA, para eliminar alvos (pessoas especificas) do exército norte vietnamita e, oficialmente, davam treinamento aos militares do Vietnam do Sul.
É interessante observar que, num primeiro momento, as unidades UDTs se mantiveram e somente em 1983 que a tropa UDT foram integradas nos SEALs compondo uma só força.

Hoje existem 2 grupos de Navy SEALs, que são comandados pelo do NAVSPECWARCOM – (Naval Special Warfare Command) ou Comando Naval de Guerra Especial. Cada um em uma costa norte americana.  Ao todo existem 10 times de SEALs  que ficam baseados ao redor do mundo em bases avançadas no estrangeiros. Cada uma é responsável pela sua região global, sendo que o time conhecido como SEAL Team Four é o responsável pela América do Sul e central.
Acima: As atividades incorporadas a nova tropa da marinha, batizada de SEAL, deram maior flexibilidade de emprego e com isso, mais opções a Marinha dos Estados Unidos (US Navy).

TREINAMENTO
O treinamento de formação do SEAL e considerado o mais rigoroso do mundo. Tendo uma taxa de desistência que geralmente beira a casa dos 90%. Para ingressar no SEAL os futuros alunos passam por uma pré-seleção em que cada candidato passa por um duro teste de aptidão física (natação, corrida, força, resistência, etc.) que visa avaliar seu condicionamento físico.  O treinamento dado aos candidatos aprovados para entrarem no curso do BUDS (Basic Underwater Demolition/SEAL) é dividido em varias fases cada uma recebendo tipos de instruções diferentes.

A primeira fase do treinamento dos SEAL tem uma duração de oito semanas onde visa preparar os alunos para um condicionamento físico e psicológico básico. A primeira semana é conhecida como semana zero ou semana do inferno (Hell Week) mas o seu nome oficial, na verdade, é "Semana da Motivação" onde os alunos recebem um intenso treinamento físico militar voltado para operações especiais. Essa semana também visa a eliminação dos candidatos mais fracos. Os alunos são levados ao limite físico e psicológico onde a maior parte dos candidatos pedem para ir embora. Nesta fase os alunos são submetidos a corridas plenamente equipados para combate em terreno montanhoso, além de superar trechos com obstáculos, natação utilitária no oceano, técnicas de resgate e socorro aquático. Os alunos também aprendem técnicas de reconhecimento anfíbio que poder ser realizado durante o dia ou durante a noite.



Acima: As primeira 8 semanas de treinamento, conhecidas entre os alunos como "Hell Week" Ou semana do inferno, leva estes soldados ao extremo físico e psicológico, com intenção de que só os mais fortes permaneçam no curso.
A segunda fase, que também tem uma duração de oito semanas, os alunos do SEAL mantém o treinamento físico militar e começam a receber instruções de mergulho. O mergulho é uma função básica do SEAL, por isso os alunos recebem instrução de como utilizar equipamentos de mergulho em circuito aberto (por concepção, é aquele que o ar exalado pelo mergulhador é liberado para o ambiente; também chamado de “aqualung”) e circuito fechado (apresenta como característica principal a utilização de misturas respiratórias artificiais, como oxigênio a 100% ou nitrogênio/oxigênio em proporções diferentes das do ar. No circuito fechado a mistura gasosa circula continuadamente entre o mergulhador e o equipamento, não havendo qualquer descarga de gases para o ambiente). Os alunos também aprendem nesta fase técnicas de navegação subaquática, o que permiti ao mergulhador operar durante o dia ou à noite, o que os torna capazes de lidar com correntes subaquáticas, marés, obstáculos e animais marinhos. Os alunos também aprendem técnicas de manuseio de explosivos subaquáticos, e como acoplar tais artefatos em estruturas marinhas ou cascos de navios.



Acima: Um dos testes mais famosos é este da foto acima, onde os alunos precisam passar pela piscina com as mão e pernas amarradas. Um dos objetivos deste teste é ajudar o aluno a manter o controle para não entrar em panico, o que poderia lhe levar ao afogamento.
A terceira fase do treinamento que tem duração de nove semanas visa preparar os futuros SEAL para o combate terrestre onde os alunos recebem instruções de patrulhamento, emboscadas, reconhecimento, leitura de mapas, técnicas de infiltração, conhecimento em hidrografia, sabotagem com explosivos, sobrevivência em vários ambientes e de manejo de armas. No final da quarta semana os recrutas passam por uma avaliação final sendo enviados para o Camp Billy Machen (nome do primeiro SEAL morto no Vietnam) na ilha de San Clemente onde passam pelo Final Field Training Exercise - FTX (O Exercício do Campo de Treinamento). Os Alunos são divididos em grupos de combate e os mesmos têm que planejar suas ações com base nas instruções que receberam durante o curso.
Depois de formados os SEALs passam por diversos cursos de especialização visando aprimorar suas habilidades. Entre os cursos que se destacam estão:
- PARAQUEDISMO
O curso de Pára-quedistaé ministrado no Fort Benning, na Georgia. Inicialmente os SEALs passam instruções teóricas posteriormente passam por uma fase similar a nossa “Área de Estágios” do Exercito Brasileiro onde os SEAL realizam salto da torre de treinamento, simulando vários tipos de saltos. Depois de três semanas os SEALs realizam os saltos reais em um avião. Curso de Operações especiais que e ministrado pelo Naval Special Warfare Center.
SEAL DELIVERY VEHICLE SCHOOL
Este curso visa instruir os SEALs  a mergulhar usando o equipamento especiais e a conduzir veículos subaquáticos como o SDV (SEAL Delivery Vehicle), geralmente lançados de submarinos que fazem a infiltrações/exfiltrações submersas.
- SEAL TACTICAL TRAINING
Este curso os SEALs recebem instruções de operações marítimas (navegação oceânica de longo alcance) e Submarinas (infiltração/exfiltração), Reconhecimento hidrográfico, mergulho de combate, operações aerotransportadas, mergulho de combate e combate terrestre onde os operadores SEAL recebem instrução de Close Quarter Battle (CQB), onde aprendem a lutar no interior de edificações, aeronaves, ônibus, embarcações e trens, com o objetivo de resgatar reféns ou simplesmente eliminar o inimigo. Este curso funciona como um aperfeiçoamento das habilidades do operador SEAL visando preparar os SEALs para o cumprimento de qualquer missão.



Acima:O uso da tática de infiltração submarina é uma marca registrada do SEALs.

Acima: O paraquedismo é parte fundamental das capacidades do integrante SEAL. Notem que este soldado está transportando um cão de combate, extremamente útil para facilitar a execução de missões especiais. Na missão que acabou com a morte de Osama Bin Laden, foi usado um cão de combate como este.


AÇÕES EM COMBATE
Muitas foram as ações militares onde os SEALs foram empregados depois do Vietnam. Uma delas, ocorreu na invasão norte-americana a ilha de Granada, onde os SEALs tiveram problemas em conseguir atingir seus objetivos devido a ocorrências relacionadas a falhas nos trabalhos de inteligência e no lançamento de soldados no ponto errado, causando baixas entre os SEALs. Mesmo com um inicio de missão problemático, os SEALs conseguiram executar sua missão que era tomar uma radio e resgatar Paul Scoon, governador geral de Granada que estava em prisão domiciliar.

Outra missão na América central foi durante a invasão do Panamá, para a captura do ex-presidente panamenho Manoel Noriega que era acusado pela justiça norte-americana de trafico internacional de drogas. Nesta invasão, as missões dadas aos SEALs foram executadas sem problema ou acidentes, sendo que houveram 4 baixas quando o grupo estava tomando o aeroporto de Paitilla, onde houve forte resistência das tropas panamenhas. Entre as missões do grupo estavam a destruição do avião particular de Noriega, a destruição de uma embarcação canhoneira e adestruição a força naval de defesa panamenha.



Acima:As operações em ambientes urbanos são um dos muitos ambientes onde os SEALs são empregados.
O SEAL foram enviados ao Afeganistão e operados no oriente médio logo na seqüência do fatídico dia 11 de setembro de 2001, data do maior ataque terrorista da história da humanidade, e o maior atraque a alvos norte americanos em solo dos Estados Unidos continental. Inicialmente tropas SEAL foram usadas para abordarem embarcações suspeitas na região do Golfo pérsico e também para reconhecimento em solo afegão, para coleta de dados para preparação aos ataques e posterior invasão no Iraque e Afeganistão. Os SEALs permaneceram por 45 dias em solo afegão executando o reconhecimento.

Quando houve a invasão, tropas SEAL operaram em conjunto com outras forças especiais americanas e da OTAN para capturar Osama Bin Laden, o que não ocorreu até o fim de 2011 quando o terrorista mais procurado do mundo foi encontrado morando perto de uma academia militar do Paquistão, a nação que ajudou os Estados Unidos durante toda a campanha contra o Afeganistão. Desnecessário é comentar que o fato do Osama Bin Laden estar a menos de 2 km de uma unidade militar paquistanesa, fez com que se levantassem muitas suspeitas sobre a possibilidade do governo paquistanês apoiar, dissimuladamente, a rede terrorista Al Qaeda.


O grupo SEAL que levou a cabo esta operação para matar Osama Bin Ladem é conhecido como DEVGRU (Naval Special Warfare Development Group), também conhecidos como SEAL Team Six. Este grupo é a divisão especializada dos SEALs em contra terrorismo. Pode se dizer que eles são a elite da elite, pois seus membros são selecionados dentro dos próprios SEALs

Acima:Nos últimos anos, os SEALs tem participados de muitas ações nos desertos do oriente médio e Asia central.
Na missão levada a cabo pelos SEALs, o terrorista e mais 4 pessoas foram mortas, sem nenhuma baixa entre os SEALs. Sua chegada a casa onde morava  Bin Ladem, foi feita de forma muito rápida e em silencio. Vale observar que um dos helicópteros usados para o transporte dos SEALs fez um pouso forçado no quintal da casa, sem que ocorresse feridos, e mesmo assim, a missão foi executada perfeitamente e seu objetivo, atingido com louvor.

Ainda, motivado pelos graves ataques do dia 11 de setembro, os Estados Unidos invadiram o Iraque e nesta grande operação militar, grupos SEALs foram usados para reconhecimento hidrográfico e para tomar dois terminais de petróleo: O de Al Basha e de Khawar Al Amaya.

No decorrer desta guerra, os SEALs foram usados em vários outros engajamentos com bastante sucesso, causando graves baixas nas forças iraquianas que se atreveram a enfrenta-los. Uma coisa que percebi nas pesquisas que fiz sobre esta formidável tropa de elite é que, em muitas situações, houve problemas imprevistos, relacionados a panes dos veículos usados, ou de forte resistência de fogo inimigo, e mesmo assim, a missão foi executada e os objetivos atingidos, mostrando a grande capacidade de adaptação que estes soldados SEALs  possuem.



Acima:Uma das melhores formas de invadir o território inimigo de forma furtiva é justamente usando submarinos para soltar os soldados próximo a costa. Os SEALs usam muitas vezes este tipo de veículo para executar suas missões.
Na Somália, houve missões de SEALs contra piratas que atuam naquele país. A mais recente operação ocorreu em 25 de janeiro de 2012, quando duas equipes SEAL foram incumbidas de resgatar dois membros de um ONG de ajuda humanitária que atuavam na Somália para limpar o solo de minas terrestres. Um dos reféns era a norte americana Jéssica Buchanan enquanto o outro refém era o dinamarquês Poul Hagen Thisted, que estavam nas mãos de 9 piratas somalis. Na ação, executada com perfeição, os dois reféns foram resgatadas sem nenhum ferimento e os 9 piratas foram mortos, sem que houvesse ocorrido nenhuma baixa entre os soldados SEALs.

Muitas missões SEALs  são secretas e ocorrem de forma clandestina dada a natureza de suas responsabilidades e objetivos da missão. Este breve texto mostra, apenas, uma pequena parcela das muitas missões destes bravos militares norte americanos.
Acima: Nesta foto temos o dinamarquês Poul Hagen Thisted a norte americana Jéssica Buchanan, membros de uma ONG de ajuda humanitária que foram sequestrados por piratas somalis e resgatados com extremo exito em uma operação em que resultou na morte de todos os 9 piratas sem nenhuma baixa entre os SEALs.

ARMAMENTO E EQUIPAMENTOS
O armamento usado pelas SEALs está passando por um período de transição. Na verdade, o armamento do grupo sempre foi bastante variado e mesmo que dispusessem de algumas armas padrão das forças armadas norte americanas, eles são treinados para usar a maior parte das armas portáteis do mundo. Dependendo da missão, inclusive, podem usar armas do modelo empregado pelo inimigo. Um exemplo disso é que em algumas missões pode-se ver membros SEALs portando fuzis russos AK-47. Porém, via de regra, as armas padrão usadas pelos SEAL são as carabinas Colt M-4A1 SOPMOD em calibre 5,56X45 mm, incluindo a versões equipadas com lançador de granadas M-203 de 40 mm; fuzil anti-matéria Barrett M-82A1 em calibre .50 (12,7 mm), submetralhadora HK MP-5N em calibre 9 mm Parabellum; submetralhadora HK MP-7 em calibre 4,6X30 mm; metralhadora M-60E4 MK-43 em calibre 7,62X51 mm, fuzil M-14 EBR (e o M-14 comum) em calibre 7,62X51 mm;  pistola Sig Sauer P-226 em calibre 9 mm e a pistola MK-23, em calibre 45 ACP.



Acima:A metralhadora M-60E-4 MK-43 em calibre 7,62X51 mm é uma arma que marca os SEALs. Mesmo assim deverá ser substituída pela nova metralhadora FN MK-48 no mesmo calibre, porém mais leve que aparece abaixo.
Algumas destas armas estão em processo de substituição. Hoje já há algumas unidades dos SEALs armados com o novo fuzil FN SCAR MK-17 em calibre 7,62X51 mm, um dos melhores, se não o melhor fuzil do mundo em minha opinião. Este fuzil é usado pelos SEALs com ou sem supressores de ruído (os famosos silenciadores). Porém, não está claro, para mim, se o SCAR vai ou não substituir completamente a carabina M-4 nessa tropa. A versão de tiro de precisão do SCAR, conhecida como SSR MK-20, também em calibre 7,62X51 mm está sendo incorporada a tropa, também.

A metralhadora FN MK-48 Mod 1 em calibre 7,62X51 mm deve entrar no lugar das M-60. Esta metralhadora é mais confiável que a M-60 MK-43, e seu peso é um pouco menor (8,3 kg descarregada), facilitando seu transporte. A versão menor desta arma, conhecida como FN MK-46 Mod 1, descendente direta da famosa M-249 Minimi, é usada também. Seu calibre é o 5,56X45 mm. Outra arma de nova geração que é usada pelos SEALs é a submetralhadora HK MP-7A1 em calibre 4,6X30 mm. Esta pequena submetralhadora usa uma munição que tem desempenho de perfuração similar a de um fuzil de assalto, só que num estojo de pistola. É uma ótima arma compacta com capacidade de perfurar coletes balísticos e capacetes militares.



Acima:Este SEAL está equipado com seu novíssimo fuzil FN SCAR MK-17 em calibre 7,62X51 mm. O SEAL tem experimentado usar armas com calibres maiores que os normalmente usados pelas outras forças armadas norte americanas.
Com relação as vestimentas usadas pelo SEAL, pode-se dizer que não há um uniforme padrão de forma que as roupas serão usadas de acordo com a necessidade do ambiente a serem empregados, podendo, inclusive, ser usado roupas civis, como jeans, caso seja necessário algum nível de discrição.

Os SEALs contam com alguns veículos próprios como o SDV (SEAL Delivery Vehicle), que é um pequeno submarino que os mergulhadores usam para se locomover por longos percursos discretamente sob a água. Em terra, são usados os FAVs (fast Attack Vehicle), também conhecido como DPV (Desert Patrol Vehicle), que é uma espécie veiculo “gaiola” com grande capacidade de rodar em pisos irregulares e em alta velocidade. Estes veículos são particularmente vulneráveis ao fogo inimigo por não ter proteção para seus tripulantes.

Embora os SEALs contem com versões dos helicópteros UH-60 Blackhawk usados pela marinha para transporte, é comum que se utilize helicópteros de outras forças como o CH-47 Chinook do exército norte americano ou o avião C-17 da força aérea dos Estados Unidos, para transporte de tropas maiores, quando necessário.

Acima: O veículo DPV permite uma grande mobilidade aos soldados SEAL, porém a ausência de proteção balística coloca restrições em seu uso.
Embora o SEAL seja uma força especial da marinha dos Estados Unidos, outros países possuem tropas com perfil bastante similar a eles. O Brasil, mesmo, possui uma tropa em sua marinha, conhecida como GRUMEC (Grupamento de Mergulhadores de Combate), que teve origem em dois militares brasileiros que concluíram o curso UDT em 1964, nos Estados Unidos e trouxeram a doutrina deles para formar o GRUMEC. 

O SEAL podem ser considerados como a elite da própria elite nas forças especiais dos Estados Unidos. Seus homens são os mais bem treinados e capacitados para missões especiais em todo o mundo.

Pistola P-226 MK-25 calibre 9 mm.
Pistola MK-43 Mod 0 em calibre 45 ACP.
Carabina M-4A1 SOPMOD calibre 5,56X45 mm.
Carabina M-4A1 com Lança granadas M-203 em calibre 40 mm.
Fuzil SCAR MK-17 calibre 7,62X51 mm.

Fuzil FN SCAR SSR MK-20 calibre 7,62X51 mm
Fuzil M-14EBR calibre 7,62X51 mm.
Fuzil M-82A1 calibre .50 (12,7X99 mm).
Submetralhadora MP-5N calibre 9 mm.
Submetralhadora MP-7 calibre 4,6X30 mm.
Metralhadora M-60E4 MK-43 calibre 7,62X51 mm.
Metralhadora MK-46 calibre 5,56X45 mm.
Metralhadora MK-48 calibre 7,62X51 mm

ABAIXO PODEMOS VER UM VÍDEO DOS SEALs 


ABAIXO TEMOS UM TRAILER DO FILME "ACT OF VALOR" COM UMA FICÇÃO SOBRE UM GRUPO SEAL 

ABAIXO TEMOS A MATÉRIA DO FANTASTICO SOBRE A MORTE DE OSAMA BIN LADEN PELOS SEALS.




Acima: A abordagem em navios são uma das principais capacidades que os SEALs treinam. 



Acima: Nunca serão esquecidos!. Nesta foto vemos o tenente Michael Patrick Murphy, morto em combate no Afeganistão. Este militar recebeu a maior condecoração militar póstuma, a medalha de honra. Desde a guerra do Vietnam que nenhum militar da marinha dos Estados Unidos  era condecorado com esta medalha.



Acima: A infiltração com uso de helicópteros é uma das formas usadas pelos SEAL para iniciar uma ação de combate. Normalmente  marinha fornece seus helicópteros SH-60 Seahawk para apoio a esta tropa de elite.



Acima:O SEAL usa um modelo de capacete diferente das tropas regulamentares dos Estados Unidos. Este capacete é bem mais leve e possui diversos acessórios instalado como câmeras e radio.


Acima:Além do treinamento especial, os equipamentos disponíveis para os SEALs são igualmente diferenciados, para garantir o sucesso de suas ações.

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Treinamento PMC

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BAE SYSTEMS AS ROOIKAT. O guerreiro do deserto.

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DESCRIÇÃO
O caçador de tanques Rooikat, relativamente bem conhecido entre os apreciadores de viaturas de combate, está em serviço na Força de Defesa Nacional da África do Sul desde meados dos anos 80 do século passado e ele foi desenvolvido em cima de lições aprendidas nos campos de batalha da Guerra da independência de Angola. Um dos resultados que mais caracterizam o Rooikat é sua elevadíssima mobilidade que faz com que ele se locomova a uma velocidade de 120 km/h em estradas e 50 km/h em condição de terreno irregular. Esse desempenho é fornecido por um motor de tipo não especificado, porém configurado como V-10 (10 cilindros em V), alimentado com diesel, e que fornece 560 Hp de força para o Rooikat. A autonomia é de 1000 km, o que dá uma boa capacidade de operação longe da sua base, que era um dos requisitos do projeto.
Acima: O Rooikat é fruto de um esforço sul africano para dispor de um veículo nacional que desse capacidade anular a capacidade dos MBTs inimigos nos campos de batalha que os sul africanos poderiam ter que enfrentar dentro da realidade politica daquela região.
O Rooikat é um veículo operado em missões de reconhecimento e como um “caça tanques”. Os inimigos que, normalmente, o Rooikat teria que enfrentar, dentro da realidade sul africana, eram velhos carros de combate de origem soviética como o T-54, T-55 e o T-62, veículos que são bem mais lentos que o Rooikat e cuja proteção blindada não agüenta o armamento principal usado pelo “caça tanques” sul africano. Seu canhão GT-4 em calibre 76 mm, difere do armamento encontrado na maioria dos carros de combate similares no mundo, que normalmente possuem canhões de 90 ou 105 mm, porém, este canhão é capaz de penetrar nos carros de combate mencionados com certa facilidade até uma distancia de um quilometro e meio. Este canhão deriva de um modelo naval italiano, fabricando pela famosa Oto Melara e acabou demonstrando uma boa capacidade na função antitanque.  Como armamento secundário são usadas duas metralhadoras MG-4 em calibre 7,62X51 mm, sendo uma delas, coaxial. Ao todo, o Rooikat transporta 48 granadas em calibre 76 mm e 3000 munições em 7,62X51 mm.
Acima: O exemplar do Rooikat acima está armado com um canhão de 105 mm, destinado a exportação.
O artilheiro conta com uma mira com um telêmetro a laser que fornece dados para um sistema de controle de tiro. Este sistema, somado ao canhão estabilizado, dá ao Rooikat uma alta probabilidade de acerto logo no primeiro tiro. O comandante do veículo tem uma mira panorâmica que lhe dá uma boa consciência situacional.

A proteção blindada deste veículo agüenta o impacto direto de projéteis de 23 mm na parte frontal e de estilhaços de granadas de fragmentação e de projéteis de armas leves (até 7,62X51 mm) nos outros lados do veículo. Embora não seja uma blindagem muito capaz, vale lembrar que estamos tratando de um veículo sobre rodas, que visa sua mobilidade como um dos elementos defensivos e por isso, uma blindagem mais forte o tornaria excessivamente pesado e, conseqüentemente, menos veloz. Ainda, o Rooikat possui preparação para proteger sua tripulação em um ambiente de guerra química e bacteriológica graças a filtros no sistema de pressurização do veículo.
Acima: Esta versão avançada do Rooikat, também oferecida ao mercado internacional, teve a torre com canhão substituído por uma torre multi armamento, armada com um canhão de 25 mm, 4 mísseis anti tanque Mokopa e um sensor multifunção.
Ao todo, foram construídos 240 exemplares do Rooikat, e destes, cerca de 80 unidades permanecem em serviço nas forças armadas sul africanas. Mais recentemente, visando o mercado de exportação, a BAE Systems AS desenvolveu o Rooikat 105, equipado com um canhão bem mais potente em calibre 105 mm, modelo GT-7 capaz de disparar toda a gama de munições em 105 mm padrão OTAN. Outras modificações do Rooikat, como a versão anti-tanque, armado com mísseis Mokopa e um canhão de 25 mm, no lugar da torre do canhão, foram desenvolvidas. Mesmo sendo um interessante produto, este carro de combate ainda não conseguiu nenhuma exportação até o momento.

Os motivos de não ter havido nenhuma exportação deste bom carro de combate são, certamente, muito mais o fato de haver carros de combate mais “populares’ construídos por empresas que já são tradicionais fornecedores dos potencias clientes deste tipo de produto, do que por alguma eventual deficiência do Rooikat”.
Acima: Um dos pontos fortes das características do Rooikat é sua capacidade de ultrapassar obstáculos. Nesta foto ele demonstra esta capacidade superando uma trincheira de 2 metros.

FICHA TÉCNICA 
Velocidade máxima: 120 Km/h (em estrada); 50km/h (fora da estrada)

Alcance Maximo: 1000 Km.
Motor V10 turbo refrigerado a água com 560 hp a diesel
Peso: 28 Toneladas.
Comprimento: 8,02 m.
Largura: 2,9 m
Altura: 2,8 m. 
Tripulação: 4.
Inclinação frontal: 70º
Inclinação transvesal: 30º
Passagem de vau: 1,5 m
Obstáculo vertical: 1 m
Trincheira: 2 m
Armamento: Um canhão GT-4 de 76 mm; 2 metralhadoras MG-4 cal 7,62X51 mm (uma coaxial), 14 granadas de fumaça.

Acima: O Rooikat representa um dos principais recursos de combate da Africa do Sul, atualmente.

ABAIXO, TEMOS UM VÍDEO DE DEMONSTRAÇÃO DO ROOIKAT.


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IVECO VBTP-MR GUARANI. O futuro da mobilidade do exército brasileiro

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DESCRIÇÃO                         Por Carlos Emilio Di Santis Junior
O exército brasileiro, como todas as forças armadas do Brasil, carece de modernos meios de combate para suas atribuições. Esta afirmativa não é nenhuma novidade para os poucos patriotas que acompanhar a agonia em que se encontra nossa força terrestre quando tratamos de seus meios de combate. A situação chegou a ser tão explicita que o governo brasileiro acabou sendo forçado (digo forçado, pois é claro e flagrante a total falta de sensibilidade dos péssimos políticos brasileiros diante da grave situação militar brasileira) a tomar alguma providência para amenizar este quadro. Um dos muitos equipamentos do exército brasileiro que está em péssima situação é o famoso veículo blindado de transporte de tropas EE-11 Urutu, cuja empresa fabricante, Engesa, faliu em outubro de 1993, causando alguma dificuldade párea executar a manutenção dos velhos Urutus. Além disso, a blindagem do Urutu se mostrou fraca e podia ser penetrada por tiros em calibre 7,62X51 mm perfurantes de blindagem, como foi demonstrado na missão brasileira no Haiti, onde ocorreu eventos deste tipo. Assim, estava claro que era fundamental ao exército brasileiro adquirir um novo blindado de transporte de tropas que pudesse dar a mobilidade e segurança aos soldados no campo de batalha moderno. Aproveitando o momento de se adquirir este novo veículo, o exercito determinou alguns outros requisitos que tornará o novo blindado, um produto que possa ter sucesso no mercado internacional, também.
Acima: O veículo de transporte de tropas EE-11 Urutu fotografado por mim em uma exposição no comando militar do Sudeste em 1991. As ameaças atuais tornaram este blindado obsoleto para o campo de batalha.
A empresa escolhida pelo exercito para fornecer este novo blindado foi a Iveco Veículos de Defesa, uma empresa do grupo Fiat e o veiculo passou a se chamar VBTP-MR (veículo Blindado de Transporte de pessoal media de Rodas) e foi nomeada “Guarani” em uma votação aberta ao publico. A encomenda feita pelo governo brasileiro foi de 2044 veículos Guarani em varias versões que devem ser entregues até 2030.
O Guarani é, evidentemente, fortemente baseado em um outro produto da Iveco, o SuperAV, um blindado 8X8 desenvolvido antes do programa brasileiro. Esse é um dos principais motivos da rapidez com que este programa foi levado a cabo.
O Guarani possui a mesma configuração do Urutu, ou seja 6X6 e seu motor, é o Iveco  Cursor 9 turbo diesel, que fornece 383 Hp de força ao veículo. Assim, o Guarani, poderá rodar a 105 km/h em estradas. O Guarani é totalmente anfíbio e quando na água, pode navegar a 9 km/h.
Acima: O veículo VBTP-MR tem uma configuração 6X6, como no velho Urutu, porém o novo blindado é um pouco maior e mais pesado, devido a sua maior proteção blindada.
O guarani está equipado com uma blindagem leve, capaz de proteger ele contra disparos de todos os tipos de projéteis em calibre 7,62X51 mm (inclusive, perfurantes de blindagem) e fragmentos de granadas. Seu assoalho foi projetado com forma em “V” para dissipar detonações de minas terrestres e IEDs (explosivos improvisados) que já causaram centenas de mortes e muita destruição em blindados convencionais no Iraque e Afeganistão. A capacidade de proteção NBC (nuclear, bacteriológico e químico) é um opcional e não vem de série.
Como o projeto do Guarani segue a tendência de praticamente todos os novos projetos em blindados, ele terá uma modularidade que lhe será muito útil para adaptação de placas de blindagem extra, reforçando sua capacidade a níveis bem mais resistentes, caso seja necessário, além de se poder integrar diversos armamentos de vários tipos. 
Acima: O protótipo do blindado Guarani na linha de montagem da Iveco. Inicialmente, os exemplares de produção terão sua proteção blindada limitada a suportar disparos de armas leves até 7,62X51mm.
O armamento da versão básica será uma metralhadora M-2 em calibre.50 (12,7 mm), porém diversas torres controladas remotamente e armadas com metralhadoras 7,62X51 mm, lança granadas de 40 mm,, e metralhadora pesada em calibre 12,7 mm, também podem ser instaladas facilmente no Guarani. Muitas unidades dele estarão armadas, porém, com uma torre retrátil UT-30BR, desenvolvida pela Elbit System, de Israel, que possui um canhão de ATK de 30 mm e uma metralhadora coaxial de 7,62X51 mm e  um sensor óptico para uso do comandante do veículo e outro para o artilheiro. Além disso, há sistemas de defesas como um alerta de laser LWS que avisa o comandante quando o veiculo estiver sendo iluminado por um designador de alvos a laser.
Esta torre tem proteção blindada padrão STANAG 4569 nível 2, capaz de proteção contra disparos de projéteis em calibre 7,62X39 mm (como dos AK-47), porém esta proteção pode ser ampliada para nível 4 e “segurar” impactos de projéteis de metralhadoras pesadas em calibre 14,5X114 mm.
 
Acima: A torre UT-30BR equipará muitos dos guaranis do exército brasileiro. O canhão de 30 mm tem uma boa capacidade contra outros veículos blindados leves e contra edificações durante combates urbanos.
O Guarani básico, para transporte de tropas terá capacidade de transporte de 3 tripulantes mais 8 soldados totalmente equipados dispostos numa cabine mais espaçosa que a do Urutu, dando melhor conforto para os militares.
Uma das versões que o Guarani terá será um veículo de reconhecimento, que substituirá os atuais veículos cascavel, e será armado com um canhão de origem belga Cockerill Mk8 em calibre 90 mm. Esta versão manterá a configuração 6X6 original do Guarani.
Acima: O Guarani configurado para missão de reconhecimento está armado com um canhão LCTS-90 de 90 mm. Este modelo substituirá os longevos blindados Cascavel nas fileiras do Exército Brasileiro.
O Guarani é uma solução para substituir o velho Urutu e os veículos de reconhecimento Cascavel, que já passaram da hora de serem aposentados devido a obsolescência destes antigos projetos. Hoje, ambos os veículos que serão substituídos pelo Guarani só servem para desfilar em festas de 7 de setembro, pois na prática são fracos e mal equipados. A quantidade de 2044 unidades adquiridas é um excelente numero para um exército com a grande responsabilidade de defender este território gigante que é o Brasil.
Acima: Esta foto recente mostra o Guarani com sua torre UT-30BR e com a porta de acesso aberta na traseira. Diferentemente do Urutu, o Guarani tem o acesso dos soldados exclusivamente por esta porta.

FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: 105 Km/h.
Alcance Maximo: 600 Km.
Motor: Motor Iveco Cursor 9 com 383 hp movido a diesel.
Peso: 17,5 Toneladas (preparado para operação amphibia.
Comprimento: 6,91 m.
Largura: 2,7 m
Altura: 2,3 m.
Tripulação: 3+8 soldados equipados.
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º
Passagem de vau: Anfíbio.
Obstáculo vertical: 0,5 m
Trincheira: 1,3 m.
Armamento: Metralhadora FN Mag cal 7,62X51 mm; um lançador automático de granadas LAG-40 de 40 mm; uma metralhadora M-2HB cal .50 (12,7 mm); Uma torre UT-30BR com um canhão de 30 mm mais uma metralhadora em calibre 7,62X51 mm coaxial; um canhão Cockerill Mk8 em calibre 90 mm; um morteiro pesado em calibre 120 mm.


ABAIXO PODEMOS ASSISTIR A UM VÍDEO DE APRESENTAÇÃO DO IVECO GUARANI.

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HECKLER & KOCH PSG-1. Um dos mais precisos fuzis semi-automáticos do mundo

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DESCRIÇÃO   Por Carlos Emilio Di Santis Junior
Quando tratamos de fuzis para disparo de precisão ou uso por “snipers”, sempre vem a cabeça um fuzil operado por ação de ferrolho, que a cada disparo exige um manuseio deste para ejetar a cápsula usada e a colocação de uma nova munição na câmara, sendo muitas vezes, uma adaptação de uma arma destinada, originalmente a caça de animais. Este tipo de mecanismo facilita a produção de um armamento extremamente preciso. Porém, com a crescente necessidade de maior poder de fogo pelos soldados e do próprio atirador de elite ou sniper, as industrias de armas começaram a estudar formas de produzir um fuzil de precisão que pudesse ser operado por um sistema semi-automático, garantindo um grande ganho de agilidade para disparos múltiplos e assim conseguindo um aumento do poder de fogo para estas armas especiais. Hoje em dia, muitos fabricantes produzem armas de precisão semi-automáticas que estão sendo adquiridas por muitas forças militares, incluindo os Estados Unidos, Alemanha. França entre outros. É interessante lembrar que os russos já usam a muito tempo um fuzil semi-automático de precisão, o Dragunov.
O fuzil do qual trataremos agora foi projetado após um trágico evento ocorrido 1972 nas olimpíadas de verão em Munique, na então Alemanha Ocidental, onde 11 membros da equipe olímpica de Israel foram assassinados por terroristas palestinos de um grupo chamado “Setembro Negro”. Naquele evento não havia policiais com qualificação para lidar com a situação de terroristas e ainda, não haviam armamentos adequados para operar naquela condição especifica. Dois frutos do fato trágico nasceram. Um deles foi o grupo de elite GSG-9, especialistas da policia federal alemã para lidar com terrorismo, e o outro fruto foi o fuzil Heckler& Koch PSG-1, uma das mais precisas armas do mundo.
Acima: O fuzil HK PSG-1 é uma arma especial em muitos aspectos o que a torna extremamente cara. A qualidade, porém, faz jus a seu preço.
O HK PSG-1, a grosso modo, pode ser encarada como uma versão do famoso fuzil automático G-3, altamente modificada para conseguir precisão extrema a um alcance de até 800 metros associado a o funcionamento semi-automático o que lhe garante maior agilidade e poder de fogo através de disparos múltiplos, situação não muito comum entre atiradores de elite, que tendem a resolver suas missões com um único disparo, mas que dá a este profissional uma capacidade que armas de operação por ferrolho não dão, que é a capacidade de engajamento rápido de múltiplos alvos. Seu calibre é o 7,62X51 mm, bastante popular na tarefa de “sniping” devido a sua natural precisão e poder de parada (stopping power).  Normalmente o carregador usado tem capacidade de 5 tiros, porém podem ser usados carregados de 10 ou 20 tiros, (o mesmo do fuzil G-3), ou ainda, o pouco comum tambor de 50 munições.
Acima: O fuzil automático HK-G-3, uma das armas mais populares do mundo durante a guerra fria, junto com o M-16 e o AK-47, é o "pai" do PSG-1.
Mecanicamente o PSG-1 funciona com o sistema de recuo simples (blowback) com retardo proporcionado por roletes que atrasam a abertura da culatra durante o disparo. O cano usado no PSG-1 é flutuante, ficando preso direto na caixa da culatra, evitando, assim, qualquer vibração desnecessária que o guarda mão (telha) poderia infringir ao cano no momento do disparo. O cano é produzido por martelamento a frio e seu raiamento possui uma configuração híbrida entre raias poligonais e convencionais dando maior precisão devido ao maior contato da superfície do projétil com a do interior do cano. Fora isso, o interior do cano é tratado com cromo o que dá uma vida útil que excede, em muito, os 10000 tiros. Sem duvida é uma obra de arte da tecnologia de produção de canos.
Acima:O PSG-1 usa um cano flutuante e isso garante uma maior precisão aos disparos. O PSG-1 é um dos mais precisos fuzis semi-automáticos do mercado.
O sistema de mira usado no PSG-1 é uma luneta com aumento de 6X fabricado pela empresa Hensoldt; O reticulo é do tipo “cruz” com as marcas bem finas, como um fio de cabelo, o que permite que o alvo não seja encoberto pela mira. É interessante observar que bem no centro da cruz, há um ponto vermelho e luminoso que aparece quando se prime o dedo no gatilho. Esta luneta foi produzida especificamente para uso no PSG-1 sendo fornecida junto com a arma e por isso não é encontrada no mercado para aquisição avulsa.
O PSG-1 pode usar um tripé, transportado separadamente, porém, a HK tem fornecido o fuzil, atualmente, já com um bipé fabricado pela Harris, integrado a telha, para maior praticidade do atirador.
Acima:A luneta Hensoldt é um acessório exclusivo do PSG-1 e não é fornecido no mercado.
O PSG-1 é um fuzil pesado (7,2 kg descarregado), o que torna a vida de um soldado que tenha que transporta-lo o dia todo em longas caminhadas, um verdadeiro inferno. Por isso, os maiores usuários do PSG-1 são forças policiais.  A HK desenvolveu uma versão mais leve do PSG-1 para ser usada de forma mais pratica por militares. O modelo MSG-90A2, possui uma redução de peso de quase 1 kg em relação ao PSG-1 e ainda possui uma maior simplicidade como, por exemplo, a coronha, que no PSG-1 é mais complexa e pesada.
No Brasil, o PSG-1 é usado por diversos grupos de elite de policias de vários Estados. No Rio de janeiro, por exemplo, é uma arma disponível no arsenal do BOPE. O maior inimigo desta ótima arma de precisão é seu preço, que chega a U$ 10000,00 cada unidade. Para se ter uma base de comparação, um fuzil AR-15 padrão, custa cerca de U$ 900,00 cada um no mercado norte americano.
Acima: O fuzil MSG-90A2 é uma versão militarizada do PSG-1 que conta com uma redução de peso e um cano com freio de boca, além de aceitar sistemas de pontaria diferentes.
Acima: A maleta fornecida junto com o PSG-1 é outra das características altamente positivas desta arma. Pratica de transportar, ela traz todos os acessórios do fuzil  em compartimentos organizados.

FICHA TÉCNICA
Calibre: .7,62x51 mm
Operação: Blowback com retardo.
Comprimento: 1,260 Mts com a coronha estendida.
Comprimento do cano: 650 mm
Capacidade: 5, 10, 20 e 50 (tambor).
Mira: telescópica Hensoldt com aumento de 6X.
Peso: 7,2 Kg (vazia)
Velocidade do projétil: 868 m/seg (boca do cano)
Alcance efetivo: 800 Mts.

Acima:Uma rara foto do PSG-1 com um carregador de 20 tiros e um sistema de amplificação de luz acoplado a sua mira.

ABAIXO PODEMOS VER UM VIDEO COM A APRESENTAÇÃO DO PSG-1.



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KRAUSS-MAFFEI WEGMANN GEPARD. A escolta antiaérea alemã.

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ORIGENS  Por Anderson Barros
O carro de combate pesado Leopard 1 foi um dos carros de combate de maior sucesso desenvolvido na Europa depois da Segunda Guerra Mundial sendo um dos mais importantes MBTs da época da guerra fria para os países da OTAN. Após o termino da Segunda Guerra Mundial, a então República Federal da Alemanha (conhecida como Alemanha Ocidental) começou a ser equipada com carros de combates M-47 e M-48 fornecidos pelos Estados Unidos, porém os veículos se mostraram obsoletos para o uso devido à fraca blindagem e ao baixo poder de fogo. Na metade de década de 1950 a Alemanha Ocidental e a França assinaram um acordo para desenvolverem em conjunto um novo carro de combate. Porém divergências entre os dois países fizeram com que o acordo fosse desfeito e cada pais seguisse  com o seu próprio projeto em que a França desenvolveu o seu próprio  MBT no qual recebeu o nome de AMX-30 e a Alemanha desenvolveu o projeto do MBT Leopard. 
O projeto do Leopard representou para a Alemanha um novo marco, pois era um projeto totalmente independe sendo o primeiro carro de combate desenhado na Alemanha após a Segunda Guerra Mundial. O novo MBT entrou em serviço no Exercito da Alemanha Ocidental (Deutsches Heer) em 1965. Graças as qualidades de suas características o Leopard 1 foi exportado para diversos países europeus, como Dinamarca, Bélgica ,Holanda, Noruega, Grécia , Turquia e Itália (que o fabricou sob licença como OF-40). Fora do âmbito da OTAN o Leopard foi exportado para Canadá e a Austrália e a partir da década de 1990 vários Leopard 1 foram vendidos a países fora da Europa e do âmbito da OTAN como  Brasil, Chile, Equador e Líbano. Vários veículos foram desenvolvido sobre o Chassi do Leopard 1 sendo os mais conhecidos o sistema de artilharia auto-propulsada Palmaria concebido na Itália a partir do OF-40, e o  sistema anti-aéreo Gepard que será foco deste artigo.
Acima: O carro de combate Leopard 1, aqui na versão C2 do exército canadense, foi base para o sistema de defesa antiaérea autopropulsado Gepard.

DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
O desenvolvimento do sistema Antiaéreo Gepard começou em 1963 devido a necessidade da Alemanha Ocidental de um sistema antiaéreo para defender as suas forças armadas e as forças da OTAN contra ataques das Forças Aéreas do Pacto de Varsóvia, sobretudo da Força Aérea Soviética. As especificações estipuladas para o novo sistema seriam que o novo veiculo deveria ser extremamente ágil além de ser equipados com canhões de 30 ou 35 mm capazes de abater helicópteros e aviões de combate em baixa altitude. O veiculo escolhido para ser a base do novo sistema foi o chassi alongado do MBT Leopard 1 que estava entrando em serviço no exercito alemão. Com os atrasos, o programa de desenvolvimento acabou sendo relativamente longo, e em 1970 foi entregue o primeiro protótipo para testes, sendo que a entrada em serviço no exército Alemão se deu em 1973. Em 1976, a Bélgica adquiriu o sistema recebendo os veículos no período de 1976 e 1980. Em 1977 a Holanda realizou uma encomenda do sistema Gepard, porem os veículos foram equipados com sistemas holandeses no lugar dos equipamentos alemães e seus exemplares foram entregues entre 1977 e 1979. Na metade da década de 1990, os países operadores do Gepard iniciaram estudos para um possível processo de modernização. Em 1995 ficou acordado que o programa de modernização seria conduzido pela Alemanha, Bélgica e Holanda sendo iniciado em 1998 onde recebeu novos sistemas de combate e comunicação dando melhores capacidades de combate ao Gepard. O programa de modernização foi concluído em 2005.
Acima: O Gepard se tornou o principal sistema de defesa antiaérea ocidental autopropulsada no final do período conhecido como guerra fria

PROPULSÃO
O Gepard é propulsado por um motor MTU MB 838 CaM-500 de 10 cilindros que proporciona uma potencia máxima de 830 hp. Esse motor leva o Gepard a uma velocidade máxima de 65 km/h em estrada e a 35 km/h em terrenos irregulares. A autonomia é de 550 km. Devido estar montado no Chassi do Leopard 1 , o Gepard possui uma boa capacidade de transpor rios e obstáculos verticais.


PROTEÇÃO
O Gepard possui uma excelente proteção balística que herdou do Leopard 1 no qual pode receber reforço extra através de placas de blindagem  adicionais. Também foram adicionadas saias blindadas feitas de aço e borracha para proteger o trem de rodagem, além de uma nova lagarta com almofadas de borracha para redução do ruído. O Gepard também foi projetado para operar em total segurança no ambiente NBC (Nuclear Biológica e Química).
Acima: Como o Gepard deriva, diretamente, do MBT Leopard 1, este veículo é mais bem protegido que os sistemas similares disponíveis no mercado.

ARMAMENTO
O armamento usado no Gepard é composto por dois canhões de tiro rápido Oerlikon KD35 de 35 mm cada canhão possui uma cadência de 550 tiros por minuto totalizando 1.100 tiros por minuto. Para alvos aéreos o alcance é de 4000 metros e de 5500 metros contra alvos de terra podendo disparar diversos tipos de munições como pro exemplo as explosivas, de fragmentação ou traçante perfurante de blindagem. Os canhões possuem uma elevação máxima de 92° o Gepard possui ainda oito tubos lançadores de granadas de fumaça quatro de cada lado da torre, que podem ser lançadas individualmente ou em grupos para fornecer uma cortina de fumaça diminuindo a visibilidade do Gepard para seus inimigos na hora que estivessem em combate. A pós o processo de modernização o Gepard recebeu a introdução de do sistema de mísseis Raytheon FIM-92 Stinger que são montados em lançadores duplos ao lado dos canhões. Os modelos utilizados são Stinger RMP (Reprogrammable Microprocessor) conhecido como FIM-92D e Stinger POST (Passive Optical Seeker Technique) conhecido como FIM-92E. Estes mísseis possuem um alcance de 8 Km.
Acima:Aqui podemos ver os dois tubos lançadores de mísseis FIM-92 Stinger acoplados a armação do canhão Oerlikon KD-35 de 35 mm. A incorporação destes mísseis amentou bastante a efetividade do Gepard.

EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS
Os sensores usados no Gepard são diferentes dependendo da versão. O Gepard Alemão e Belga utilizam um radar de busca que opera na banda S  para designação de seus alvos montado na parte de trás da torre permitindo cobrir uma área de 360º em volta do veiculo e possuindo um alcance de 15 km. O radar de rastreamento e montado na frente da torre operando na banda K possuindo um alcance de 15 km. Ambos os radares dos Gepard, alemães e belgas, são fabricados pela HflaAFSys.  Os veículos Holandeses utilizam um radar busca que opera na banda X  para designação de seus alvos montado na parte de trás da torre a antena desse radar difere do modelo alemão por ter uma configuração em “T” cobrindo uma área de 360º em volta do veiculo e possuindo um alcance de 15 km. O radar de rastreamento e montado na frente da torre operando na banda K possui um alcance de 13 km menor do que a do seu irmão alemão. Todos os sistemas eletrônicos do Gepard Holandês e fornecidos pela Thales Nederland. Os veículos também são equipados com sistema IFF (identificação amigo/ inimigo) e são capazes de operar sob ações de interferência inimigas “jammer”. Os veículos ainda contam com visão térmica HZF (Hauptzielfernrohr) e um telêmetro a laser.
Acima: O Gepard alemão e e holandês são diferentes em seus sensores, onde o radar alemão opera na banda S enquanto o holandês opera na banda K. Ambos, porém, tem o alcance de 15 km.

EXPORTAÇÕES
BÉLGICA
A Bélgica optou pelo Gepard no final de 1975 encomendando da Alemanha 55 unidades tendo sido o primeiro país além da Alemanha a adquirir o modelo. Porem com os cortes no orçamento de defesa o exército Belga retirou de serviço os Gepard, que futuramente poderão ser oferecidos para a venda.
HOLANDA
A Holanda se interessou pelo Gepard em 1976 adquirindo 95 unidades do Gepard os veículos foram entregues no período de 1977 a 1979 onde recebeu a designação abreviada para prtl Pantser rups Tegen Luchtdoelen (Blindados contra alvos aéreos). Posteriormente o nome foi mudado para Cheetah. Onde recebeu equipamentos de origem Holandesa. Recentemente as forças armadas Holandesas tiveram que reduzir os equipamentos militares devido ao plano do governo para cortar gastos com a defesa o que acarretou a retirada de serviço dos sistemas Gepard que serão substituídos. Embora ainda seja um sistema moderno é muito caro para se manter e operar.  A Holanda vai substituir o Gepard por sistemas de mísseis, montados em veículos 4x4.  
ROMENIA
No início de 2000, a Romênia adquiriu 43 sistemas defesa aérea Gepard dos estoques do exercito alemão (Deutsche Heer). O primeiro Gepard foi entregue em Novembro de 2004 tornando a Romênia o quarto operador estrangeiro do Gepard.
CHILE
Em 2007 o Chile adquiriu 30 unidades do Gepard dos estoques do exercito Alemão (Deutsche Heer). Os cinco primeiros Gepard foram entregues em novembro de 2008 e deveriam passar por uma modernização no sistema de controle de fogo e a adição dos mísseis FIM-92 Stinger. Porem os custos de manutenção e modernização se mostrou proibitivos para o Exercito Chileno. Em 2011 o Exercito do Chile devolveu os cincos exemplares recebidos e cancelou a entregas dos restantes. Para suprir a lacuna deixada pela desativação pré-matura do Gepard o exercito Chileno adquiriu dos EUA o sistema de defesa antiaérea AVENGER equipado com  mísseis antiaéreos STINGER Block 1 (com processadores reprogramáveis – Reprogrammable Microprocessor RMP) e mísseis  STINGER Block 1 “Buy-to-Fly” montados em  veículos HMMWV. Da Noruega veio o sistema de defesa antiaérea Kongsberg NASAMS (Norwegian dvanced Surface to Air Missile System) que utiliza misseis AIM-120 AMRAAM, Esse sistema possui capacidade contra alvos múltiplos. Seu alcance é 30 km e podem alcançar aeronaves voando a 21 mil metros de altitude.
Acima:A Romenia apresenta seus Gepards em um desfile militar. É interessante ver esses veículos em posse de uma nação que era parte do Pacto de Varsóvia, organização que fazia oposição a OTAN;
Quando o sistema Gepard entrou em operação despertou o interesse de diversos países principalmente no Oriente médio. Em 1986 Emirados Árabes Unidos operava o carro de combate Fiat-Oto Melara OF-40 de origem italiana. O projeto do OF-40 era um projeto italiano derivado do MBT alemão Leopard 1 (Durante a década de 1970 a empresa italiana Fiat- Oto Melara, construiu sob licença junto à KMW da Alemanha, o MBT Leopard 1 para o Exército Italiano. Com a produção do blindado alemão, os italianos ganharam importante experiência na área de carros de combate e resolveram desenvolver um novo blindado a partir do Leopard 1A4 lançando o novo carro de combate no mercado internacional como OF-40.) Pelo OF-40 estar baseado no Leopard 1  os Emirados Árabes demonstraram interesse em adquirir a torre do sistema Gepard para montalo sobre chassi do OF-40 porem a Alemanha vetou a venda do sistema. Outros países demostraram interesse no sistema Gepard como o Kuwait, Arábia Saudita e Iraque. No entanto, todos foram surpreendidos pela recusa do governo alemão em vender o sistema fora do âmbito dos países da OTAN.
Acima:Em outubro de 2011 o Gepard foi apresentado ao exército brasileiro para uma possivel aquisição de 36 unidades.

O FUTURO
Durante muitos anos o sistema Gepard foi considerado o melhor veículo de artilharia antiaérea do ocidente. Servindo de base para o projeto americano do M-48 equipado com canhões de 40 mm que foi cancelado. O veiculo esta operacional apenas na Romênia. Foi retirado de serviço dos exércitos da Bélgica e Holanda, no exercito Alemão esta em processo de desativação. A Alemanha espera retirar todos os Gepard de serviço ate o ano de 2013 quando deve entrar em serviço o seu substituto o sistema  SysFla (System Flugabwehr- sistema de defesa aérea). O conceito SysFla incorpora todos os elementos de um avançado sistema de defesa aérea: radares de baixa altitude, mísseis guiados LFK NG (Lenkflugkörper Neue Generation – Míssil guiado de nova geração variante do IRIS-T também conhecida como  IRIS-T-SL ), sistema de armas com canhão antiaéreo Skyshield 35 mm para o sistema Nächstbereichschutzsystem MANTIS (sistema contra foguetes artilharia e morteiros). A plataforma móvel do SysFla será baseado nos veículos blindados sobre rodas  Boxer  nos veiculo GEFAS (Geschütztes Sistema Fahrzeug) e nos veiculos blindados Wiesel.

FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: 65 km/h

Alcance máximo: 550 km.

Motor: 1 motor a turbo diesel MTU MB 838 CaM-500 de 10 cilindros com 830 hp de potência.

Peso: 47 toneladas.

Comprimento: 7,73 m.

Largura: 3,27 m.

Altura: 3,29 m.

Tripulação: 3 homens.

Inclinação frontal: 60º.

Inclinação lateral: 50º.

Obstáculo vertical: 1,15 m.

Passagem de vau: 2,25 m (sem preparação), Com preparação: 4 m.

Trincheira: 3 m.

Armamento: 2 canhões de tiro rápido Oerlikon KD35 de 35 mm e 4 mísseis Raytheon FIM-92 Stinger.



ABAIXO PODEMOS VER UM VÍDEO COM O GEPARD EM AÇÃO.



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CAMPANHA PARTICIPE DA BATALHA 2012

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Olá amigos. 
Hoje chega ao fim a campanha "PARTICIPE DA BATALHA 2012". As matérias recebidas serão analisadas e as que haver um bom nível serão publicadas e seu autor apresentado como colaborador. 
Obrigado a todos que participaram da campanha assim como os leitores deste blog.
Abraços



PROTEÇÃO BLINDADA. O corpo fechado

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Olá amigos. 
Mais uma vez venho apresentar um novo colaborador do blog Campo de Batalha. Desta vez, o nosso novo "professor" é sargento do exército brasileiro chama Neison Santos, especialista nos carros de combate M-60A3 TTS, Leopard 1A1 e Leopard 1A5. Ele nos traz um bem escrito artigo sobre a evolução das blindagens aplicadas em carros de combate. Creio que não haja nenhum artigo em português publicado em um site com a abrangência desta matéria que orgulhosamente o nosso novo colaborador nos trás.
seja muito bem vindo Neison Santos

APRESENTAÇÃOPor Neison Santos
Setembro de 1916, Primeira Guerra Mundial, Guerra de trincheiras, praticamente estática e defensiva, onde as infantarias não conseguiam progredir por causa dos obstáculos construídos do lado alemão e aliados.

Em 15 de setembro de 1916, tropas alemães esperavam os costumeiros ataques de infantaria, que dentro de suas trincheiras e cercas de arame farpado, teriam vantagem, pois a infantaria aliada, não conseguiria progredir e seria alvo fácil. Para surpresa geral, no horizonte surgiam dois artefatos nunca antes vistos para confusão e desespero dos alemães. Um correspondente de Guerra relatou o fato da seguinte maneira:
Sobre as crateras vinham dois gigantes. Os monstros aproximavam-se hesitantes e vacilantes, mas chegavam cada vez mais perto. Para eles, que pareciam movidos por forças sobrenaturais, não havia obstáculos. Os disparos das nossas metralhadoras e das nossas armas de mão ricocheteavam neles. Assim, eles conseguiram liquidar, sem esforço, os granadeiros das trincheiras avançadas".

Esse dia entrou para história com o surgimento do maior armamento terrestre até os dias atuais, “O Rei do Campo de Batalha”, o Carro de combate ou “tanque” como é conhecido pela maioria dos países.
Os novos tanques de guerra desencadearam a situação mais fatídica ocorrida até então numa frente de combate. Os "monstros" superavam obstáculos, em função dos quais milhares de soldados tinham morrido antes. Armas, trincheiras ou cercas de arame farpado, nada conseguia deter os poderosos veículos.
Desde esse dia acontecem disputas de engenharia, uma maneira de furar suas couraças, quando se conseguia um armamento que conseguisse esse feito, estudos eram feitos para tormar a proteção do veículo resistente a esse armamento e assim até os dias de hoje, uma guerra entra armas anticarro e blindagens.
Acima: O primeiro carro de combate do mundo foi o britânico Mark I.

A EVOLUÇÃO DAS BLINDAGENS
As blindagens podem ser divididas em gerações:

Primeira geração: Homogênia com chapas de aço(1916-final de 1950) Ex.: Mark, T- 34, M4 Shermman e M-41

Segunda geração: chapas de aço com face endurecida, bimetálicas ou homogênias de segunda solução(final de 1950- final de 1970) Ex.: M-60, Leopard 1, Cascavel, Urutu

Terceira geração: Materiais compostos, cerâmica, kevlar, titânio, etc. (final de 1970- dias atuais) Leopard 2, M1 Abrams, Challenger, EE T1/2 Osório

Quarta geração: Sao blindagens modulares reativas ativas ou passivas, colocadas sobrepostas a blindagem principal. Possuem a mais alta tecnologia em blindagem, como materias compostos e material expansível que aumenta seu diâmetro quando impactadas. Ex.: Leclerc, Merkava Mk 4. Como sao modulares podem ser colocadas em qualquer outro veículo, como por exemplo Leopard 2 A6, leopard C2 canadense(Leopard 1 A5).

I - PRIMEIRA GERAÇÃO
O Mark I possuía chapas de aço de aproximadamente 6 a 12 mm, que tornaram ele invulnerável para as armas da época, que eram desenvolvidas para furar um corpo humano ou pequenas fortificações mas alguns foram tomados pelos alemães que devido a sua baixa velocidade, permitia aos soldados de infantaria conseguir subir em seu topo e atirar pelas frestas, matando seus tripulantes De posse da viatura, os alemães conseguiam identificar como eram feitos e a sua proteção, melhorando seus armamentos de maneira rápida.

Desde já, tambem os britânicos aperfeiçoaram seu projeto, melhorando os defeitos encontrados na primeira versão, e tambem a blindagem, desafios antre armamentos e blindagens que seguem até hoje e seguirão por muito tempo.
Acima:O tanque Mark V, evolução do Mark I, II, III e IV, com melhor blindagem e chassi mais longo, para superar trincheiras alemães que foram aumentadas de tamanho para impedir a transposição dos Marks de versões anteriores. A evolução dos Marks foram até a versão X.

Notem que todas as evoluções a partir de agora seguirão com seus conceitos até os dias atuais.

Até o final da década de 30, não houve grandes mudanças nas blindagens que eram basicamente chapas de aço unidas por rebites, que após ser impactadas, os rebites quebravam e eram projetados para dentro e matavam ou feriam seus tripulantes, até que os russos inventaram a blindagem inclinada e soldada, uma revolução na blindagem pois, com uma chapa inclinada, alem de recochetearem com maior facilidade os projéteis, aumenta as dimensões, contando que os projéteis seguem uma trajetória paralela ao solo, por exemplo uma chapa de Aço de 5 cm, a um ângulo de 45 graus chega a uma superfície a ser penetrada de 14 cm e aumenta ainda mais quanto maior for a diferença de um ângulo reto de 90 graus (menor ângulo). A metodologia de blindagens inclinadas é um dos maiores fatores para uma blindagem bem sucedida até os dias de hoje. 
Acima:O T 34, produzido em 1940, com a revolucionária blindagem  soldada, sem rebites inclinada que, com uma chapa de 2,76 cm desenvolvia uma blindagem de 7 cm                   (70mm) graças a sua angulação.

II - SEGUNDA GERAÇÃO
Até o final da década de 50, o aço normal ou blindagem homogênia foi o principal material a ser utilizado em blindagens, e já era necessário melhorar a proteção dos veículos, a blindagem homogênia perde terreno para as de face endurecida, bimetálicas ou homogenias de segunda solução, que consistia em duas chapas de aço soldadas, e após fundidas em forma de “sanduíche” de forma que a chapa frontal seja endurecida por processos térmicos e a segunda chapa, a interna desenvolvida com um aço com maior tenacidade, mais mole e deformável para absorver a onda de choque. Essa blindagem é a utilizada pelos carros de combate em uso no Exército Brasileiro, Leopard 1 A1 e M60 A3 TTS.  O Leopard 1 A5 além de possuir a blindagem de face endurecida como blindagem principal, possui uma melhoria na  blindagem da torre que veremos a seguir.
Acima: O leopard 1A1 da década de 60 usava blindagem bimetálica de face endurecida.
No final da década de 60, as munições explosivas do tipo HEAT e do eficaz RPG de fabricação russa, estavam tendo vantagem nas blindagens de face endurecida e como essas munições possuíam sensores de impacto na ponta de suas ogivas e o princípio do seu funcionamento era injetar um jato de alta velocidade de cobre derretido em um pequeno ponto da blindagem. Para se contrapor a essa técnica de ataque, os engenheiros inventaram a blindagem espaçada, que pode ser descrita como uma “sobre blindagem” ou “blindagem extra”, com um espaço de alguns centímetros da blindagem principal. A sua função era ao ser impactada, disparar precocemente sua carga através do sensor elétrico da ogiva da munição, e ao ser penetrada, desviar o jato, espalhá-lo ou deixa-lo com um ângulo menos favorável para perfurar a blindagem principal. Essa melhoria está acrescentada na torre do Leopard 1 A5 operado pelo Brasil.
Acima:O Leopard 1A5 com blindagem adicional espaçada na torre, eficiente contra munições explosivas de carga oca simples como HEAT e as primeiras versões de RPG.

Na década de 70, pela eficiência da blindagem espaçada, projetista de armamento anticarro, deveriam produzir uma munição eficiente contra a blindagem adicional, surgem assim as munições de dupla carga oca para armamentos portáteis, onde a primeira carga perfurava a blindagem adicional e a segunda carga perfurava a blindagem principal e para os Carros de Combate as munições de energia cinética onde os explosivos não tinham mais utilidade e sim a força bruta. Elas consistiam em dardos de metal muito densos, tungstênio ou urânio empobrecido, que ao ser impulsionados a grande velocidade pelos canhões dos CCs, geravam enormes ondas de choque e temperaturas elevadíssimas no impacto com um CC alvo, perfurando com facilidade blindagens com varias camadas,atravessando-os de lado a lado, inclusive mais de dois blindados se estiverem enfileirados.

Acima:O T 72 destruído durante a primeira Guerra do Golfo por uma flecha de 120 mm. Reparem que ela atravessou de lado a lado da viatura e a onda de choque e a alta temperatura gerada pelo impacto, explodiu a munição armazenada no interior da torre, arrancando-a do chassi e desintegrando por completo sua tripulação.

Acima:Penetrador de energia cinética com o seu calço descartável que dá estabilidade ao dardo até a saída do canhão.

III - TERCEIRA GERAÇÃO
De conhecimento disso, engenheiros britânicos da cidade de Chobhan, desenvolveram uma blindagem composta de vários materiais mais leves e resistentes que o aço, como o Kevlar, cerâmica (óxido de alumínio), titânio, espaço com colmeias de borracha e outros materiais, lembrando que muitos materiais colocados em alguns blindados seguem em sigilo. Apesar de uso de outros materiais, principalmente cerâmicos foram incorporados pelos russos no T 64 na década de 60, esse tipo de método só tornou-se eficaz com o método britânico da década de 70.
Muito eficiente também para munições de energia química, a blindagem composta tem a sua eficiência comprovada contra os dardos perfuradores de blindagem (flecha).
Acima:Aqui podemos ver o esquema de uma blindagem composta comum.

A cerâmica possui um ponto de fusão entre 2500 e 3000 graus. A energia e a onda de choque gerada no impacto da flecha pode chegar a 3000 graus se o projétil parar instantaneamente. A cerâmica, que é 70% mais leve que o aço e possui uma resistência balística (dureza) 5 vezes superior,  fica na parte externa de algumas viaturas para tentar quebrar a ponta do projétil e se o dardo não alcançar 3000 graus , não haverá derretimento e perfuração e sim a quebra da cerâmica. Se passar, o kevlar tentará segurá-lo e se passar por ele, haverá um espaço vago com colmeias de borracha. Essas borrachas servem para absorver a onda de choque e dispersar o calor (que seria o que iria pra dentro do CC e destruiria a munição estocada e a tripulação) e também fazer o primeiro conjunto de blindagem mover-se e amortecer o dardo evitando uma desaceleração mais brusca que libera mais calor (energia) e também serve como princípio de blindagem espaçada.  Depois, começará outra porção de blindagem, e certamente o dardo estará com muita pouca energia e deformado, não tendo condições de atravessar mais esse conjunto de blindagem.
Acima e abaixo: O Challenger 2 da Inglaterra com blindagem composta Chobham, desenvolvida na cidade britânica de onde a blindagem herdou o nome.

Acima e abaixo: O M1 A2 Abrams Norte Americano que diferentemente da sua primeira versão, o M1 A1 que usava blindagem somente de urânio empobrecido, a versão A2 usa blindagem Chobham.

Acima e abaixo: O Leopard 2 A4 também usa a blindagem composta  Chobham de aproximadamente 80 cm no seu peito e parte frontal da torre (com a inclinação e ângulo de inserção do projétil) . Possui também uma camada de titânio entre as camadas de blindagem composta. Este modelo é usado pelo exército chileno.

Acima: Reparando nas fotos acima no tamanho do peito do Leopard 2 A4 e vendo as dimensões apertadas do compartimento do motorista, a partir dos pedais, podemos deduzir o tamanho da blindagem maciça do seu peito.

IV - QUARTA GERAÇÃO
As blindagens de 4º geração são aquelas adicionais compostas de materiais de ultima geração facilmente parafusadas na blindagem principal, geralmente adquirido por pacotes de empresas de blindagens tipo IBD da Alemanha e Rafael de Israel ( Leopard C2, Sabra, Leopard 2 A5/A6) ou vindos direto de fabrica e sendo característico do design do veículo como Leclerc e Merkava Mk4. São blindagens facilmente substituíveis em caso de avarias. Compostas pelos mesmos materiais das principais blindagens compostas, mas algumas como do Leclerc e as MEXAS ou AMAP da IBD, são compostas por um material secreto que se expande, aumentando sua espessura com o impacto.

IV-a. Blindagem modular originais de fábrica.
Acima e abaixo: O Merkava Mk4 onde sua blindagem modular é parte integrante do veículo e de seu  design característico. Notem que o espaçamento sempre é utilizado.
Acima: Neste desenho acima podemos ver as dimensões das blindagem do Merkava IV.
Acima:O AMX 56 Leclerc com blindagem modular. Notem que tanto o Leclerc quanto o Merkava Mk 4 possuem  suas blindagens modulares que são partes integrantes e fazem parte do design conhecido do veículo, saindo assim de suas linhas de montagem, sendo originais de fábrica.
Acima: Nessa imagem, fica evidenciada a eficiência dessas blindagens modulares que foi totalmente destruída por um RPG que ativou sua carga e se destruiu prematuramente, mas a blindagem principal e a tripulação do Merkava Mk4 nada sofreu.
Acima: Após a substituição do módulo destruído, que leva poucos minutos,  o Merkava volta a ativa como se nunca fosse atingido.

IV-b. Blindagens modulares adquiridas como pacote de modernização.
Acima: O Leopard 1 A5 (C-2) canadense com sistema de blindagem modular expansível (MEXAS) que foi muito eficiente contra RPGs no Afeganistão. É um excelente pacote de modernização para os Leopards do Exército Brasileiro, pois sua blindagem principal de segunda geração, não dá proteção contra as ameaças da atualidade.
Acima:Blindagem modular MEXAS em forma de cunha de um Leopard 2 A5 que é uma das poucas modificações para transformar  o LEOPARD 2 A4 na versão A5, acrescentando 1000 mm( 1 metro) a mais na sua blindagem frontal da torre.
Acima e abaixo: Esta foto de cima mostra um MBT M-60A3 simialr ao usado no exército brasileiro. Já embaixo podemos ver um M-60T SABRA III com blindagem adicional modular espaçada da empresa Rafael. Reparem que por baixo da blindagem adicional pode-se ver a torre original. Outro exemplo de pacote de modernização para os M 60 do Exército Brasileiro.
Acima e abaixo:Aqui temos um leopard 2A4 SG de Singapura com blindagem AMAP da IBD. Reparem a diferença de tamanho do Leopard 2 A4 original do reforçado com a AMAP. Já, abaixo, temos o Leopard 2 NG usado pelo exército turco ao lado do modelo original A4. Notem o aumento das dimensões imposta pela nova blindagem modular.

V - OUTRAS BLINDAGENS
V-a. Blindagem gaiola
Este tipo é muito visto nos blindados canadenses no Afeganistão, são blindagens espaçadas com a finalidade de barrar as ogivas de RPG dos afegãos sem disparar sua carga, pois os sensores que ficam na ponta, não batem em nada e o corpo da munição, mais largo que a ponta, fica presa na grade e assim não há detonação.
Acima:O Leopard 2 A6 do Canadá no Afeganistão que usa como proteção lateral contra os RPGs afegãos, a eficiente blindagem gaiola.

V-b. Blindagens Reativas (ERA)
São blindagens espaçadas com explosivos com finalidade de explodir quando impactadas. Tem a mesma finalidade das espaçadas normais, mas como possuem explosivos, a explosão interage com o jato das munições, espalhando-o e não afetando a blindagem principal.
Acima: O M60 Phoenix, do exército jordaniano com blindagem adicional espaçada, reativa e sistema ativo de defesa.

Abaixo temos uma tabela com as dimensões/ resistência das blindagens dos carros de combate da América Latina  e do mundo.

A espessura real da blindagem é aproximadamente a metade da soma da resistência entre EC e EQ. Esse método não vale como regra para todos os veículos, pois depende muito da resistência dos materiais empregados.



* - Blindagem composta
** - Blindagem composta acrescida de blindagem adicional modular espaçada


Tabela do poder de perfuração de RHe (blindagem composta) dos penetradores de energia cinética do canhão L-7A3 em  105 mm (leopard 1) e do canhão L-44 em 120 mm (leopard 2A4/ A5).


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CAMPO DE BATALHA NO FACEBOOK

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Olá amigos.

Procurando sempre, formas de melhor divulgar o trabalho do blog Campo de Batalha, foi criada uma pagina dos três blogs Campo de Batalha no Facebook. Nesse haverá alertas de atualização e haverá um álbum de fotos com links para todos os artigos já publicados no Campo de batalha. Por enquanto, o álbum referente ao Campo de batalha aérea está sendo montado, e logo que termine, será criado álbuns dos outros blogs. Convido você, leitor, que curta a pagina do Campo de batalha no Facebook,

Abraços


DESABAFO SOBRE O FX-2.

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Olá amigos.
Vocês devem imaginar o tamanho do gosto que eu tenho por sistemas de armas (do revolver ao míssil balístico) para chegar a ponto de investir um tempo enorme na manutenção de 3 blogs sobre o assunto. Por isso mesmo, espero que percebam que não é de se surpreender que o assunto mexa com meu “brio”. O novo adiamento para a decisão do programa FX-2, levado a cabo pelas autoridades responsáveis (serão tão responsáveis assim?)  mostra o quanto o assunto “Defesa” é negligenciado pela classe política do Brasil. Na mesma semana que eles fazem a CAGADA de adiar o inadiável FX-2, eles aprovam um “PAC” pacote de crescimento econômico focando na compra de uma porrada de caminhões, algumas unidades do novo blindado Guarani e outras unidades do lançador de foguetes Astros 2020 (que a imprensa leiga continua, imbecilmente, chamando de lança mísseis) para dizer que “Olha, estamos trabalhando em prol da industria de defesa do país”.
Independentemente da necessidade destes veículos, a verdade é que a maior carência de equipamento do Brasil é, justamente, de sua aviação de combate. Caso os amigos não saibam, os Mirage 2000 voam só em condição de apresentação de desfile de 7 de setembro, pois a disponibilidade dos pingados 12 caças é baixíssima. Esta semana houve um incidente de um F-5M da FAB ponde uma peça importante dele desmontou com vôo. Literalmente o caça está caindo aos pedaços.
Dado a essas considerações, quero expressar minha profunda revolta com a senhorita Dilma Rousseff com sua incompetência escandalosa e com as autoridades de alta patente da FAB que não tem apresentado pressão suficiente para que a novela FX se conclua. O nome do Brasil já é motivo de piada no exterior por conta das trapalhadas nesse programa.
Acredito que a Dilma e toda a classe política do Brasil só não extinguiram as nossas forças armadas por medo do que os militares poderiam “aprontar” como represália. E por isso, empurram com a barriga os problemas com nossos equipamentos obsoletos de defesa e mantêm o oficialato em “banho Maria”, sem deixar com que os problemas reais sejam resolvidos.

Abraços


ENGESA EE-T4 OGUN. Tamanho não é documento!

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ORIGENSPor Anderson Barros
Na segunda metade dos anos de 1980, o Iraque, então governado por Saddam Hussein estava profundamente envolvido no conflito com o Irã. Para repor as perdas e modernizar seu exercito o governo iraquiano começou a reequipar seu exercito com novos equipamentos de diversos fornecedores como o carro de combate T-72 e PT-76 os veículos de combate de infantaria BMD-1, sistema de artilharia de foguetes BM-21 Grad de origem soviética, Obuseiros GHN-45 155 mm da Áustria e os Astros II , EE-11 Urutu e EE-9 Cascavel do Brasil durante os estudos realizados para a obtenção dos novos equipamentos para o seu exercito o Iraque se interessou pelo projeto do blindado leve Wiesel projetado pela Porshe e fabricado pela MaK da então Alemanha Ocidental, era um veículo blindado leve, sobre lagartas que não possuía equivalentes classificado como “Airportable Armoured Vehicle”, uma novidade naquela época nos finais da “Guerra Fria”. Sua função era dotar as brigadas aerotransportadas do Exército da Alemanha Ocidental com um veículo blindado de reconhecimento e capaz de ser transportado e lançado a partir de aeronaves ou mesmo helicópteros pesados. O Wiesel alemão foi fabricado somente em duas versões. A primeira delas era um veículo anticarro, denominada TOW Al e a segunda estava equipada com um único canhão Rheinmetall MK 20 Rh 202 de 20mm. No entanto, os iraquianos foram surpreendidos pela recusa do governo alemão em vender o seu novo blindado fora do âmbito dos países da OTAN. A solução era buscar outro veiculo, em outro país.
Acima: O pequeno veículo blindado Wiesel alemão, embora similar em proposta ao EE-T-4 Ogun, era menos capaz, e a Alemanha não permitiu sua venda ao Iraque, nação que precisava de um blindado com aquelas características e que já tinha se tornado um grande cliente da empresa brasileira Engesa.

UMA OPORTUNIDADE PARA A ENGESA.
Na segunda metade dos anos 80 a ENGESA – Engenheiros Especializados S/A já havia se firmado como uma grande companhia na aérea de defesa, sendo que seus principais produtos eram veículos militares sobre rodas. A empresa possuía clientes nos mais variados cantos do mundo, abrangendo desde a América do sul passando pela África ate as areias dos desertos no Oriente médio. Em alguns casos a empresa possuía clientes chaves. Um desses casos era o Iraque. Autoridades militares do Iraque solicitaram a Engesa se a mesma seria capaz de projetar um veiculo blindado a partir dos requisitos do exercito iraquiano e que, em muitos pontos, possuía características semelhante ao projeto alemão Wiesel. Com o comprometimento da equipe de projetos da Engesa com outros programas (EE T-1 Osório e EE-18 Sucuri II) o novo veiculo se beneficiou em muitos pontos pois foram introduzidos os conhecimentos adquiridos nestes projetos. O projeto era muito avançado para seu tempo, visto que seu único concorrente era o próprio Wiesel e com uma particularidade, os dois projetos eram inteiramente diferentes, muito embora fossem contemporâneos.
Os estudos começaram e em maio de 1986 foi apresentado o primeiro protótipo destinado a ensaios mecânicos. Logo em seguida um segundo foi construído e enviado para testes naquele país, surgindo assim à necessidade de se efetuar diversas modificações que levaram à construção de um terceiro protótipo. Isto não impediu que ele fosse oferecido a outros países, cujas delegações visitavam a sede da Engesa em São José dos Campos, SP, onde ocorria uma série de demonstrações deste e dos demais veículos militares ali produzidos. Paralelamente a estes testes foi construído então um quarto protótipo bem mais elaborado que os outros três e equipado com uma torreta Engesa com duas metralhadoras 7,62mm, que foi apresentado na Primeira Exposição Internacional de Produtos Militares ocorrida em Bagdá em 1989, tendo o veículo permanecido para testes no país, quando em 1991 em decorrência da Guerra do Golfo, o mesmo foi deixado em Tikrit em um Quartel do Exército iraquiano e o pessoal da Engesa retornou ao Brasil e nunca mais tivemos notícia deste veículo. Com o agravamento da crise financeira da Engesa que logo em seguida pede concordata e tem sua falência decretada em 1995, o projeto do Ogum não foi levado adiante e dos quatro protótipos apenas um existe atualmente (o segundo protótipo) e se encontra em poder do Exército, lotado no 2º Regimento de Carros de Combate em Pirassununga, SP. Uma curiosidade é o fato de ter participado de uma concorrência em Abu Dhabi em 1988 e conseguido vencer tecnicamente o Wiesel nas provas ali realizadas, aliás, a mesma em que o EE-T1 Osório venceu o italiano Ariete, venceu no campo técnico mais acabou derrotado no político.
Acima:O  Ogun tinha por objetivo fornecer um blindado ao exército iraquiano que demonstrou interesse neste tipo de viatura e ao mesmo tempo encontrou a recusa alemã em fornecer o blindado Wiesel, já no mercado a algum tempo.

PROTEÇÃO
A estrutura do veiculo era formada por um monobloco composto por chapas de aço bi metálicas semelhantes às utilizadas nos blindados sobre rodas 6x6 Urutu e Cascavel, de alta resistência o que lhe dava uma resistência estrutural com ângulos de incidência e baixa silhueta o que garantia uma proteção balística efetiva, segundo o fabricante, contra o calibre 7,62mm AP. Ainda falando da proteção do Ogum, a Engesa estudou a possibilidade de instalar o EE T-4 Ogum a blindagem que foi desenvolvida para o Osório que e era formada por um composto de aço, cerâmica, alumínio e fibra de carbono esse material, somado aos ângulos do desenho do Ogum lhe garantiram uma plena capacidade contra projéteis de até 14,5 mm. Porém foi descartada por ser um veiculo pequeno devido às necessidades de se manter o baixo peso para ser transportado e lançado a partir de aeronaves de transporte ou mesmo helicópteros pesados.
Acima: O quarto protótipo do Ogun já mostrava pontos aperfeiçoados em relação aos três antecessores. O modelo da foto apresenta uma torre com duas metralhadoras em calibre 7,62X51 mm. A proteção blindada garantia resistência a impactos de munições de calibre 7,62 mm, mesmo as perfurantes de blindagem.

PROPULSÃO
A opção inicial era por um motor da empresa alemã MTU.  Que possuía instalações no Brasil (pois a Engesa acreditava que no futuro o Exercito brasileiros pudesse adquiri-lo). Porém, a Engesa acabou declinando desta opção em função do seu alto custo. A segunda opção foi a instalação do motor do próprio Wiesel um motor Audi 2,5 litros 5 cilindros turbo diesel  85 cv porém esse motor foi descartado pela Engesa pelo fato de ainda estava sendo desenvolvido. A escolha definitiva recaiu sobre o propulsor Perkins modelo QT 20 B4236 diesel quatro tempos, turbinado, quatro cilindros em linha, 125 HP, transmissão automática Alisson modelo AT 545, quatro marchas à frente e uma à ré, o que lhe dava uma autonomia de 350 km, em estradas a uma velocidade de 70 km/h.  Já os dois últimos protótipos foram equipados com motor BMW modelo M21D24WA-LLK, diesel de seis cilindros, bem mais leve e com potência de 130HP, raio de ação de 360 km e uma velocidade de 75 km/h. Sua suspensão é do tipo barras de torção com três amortecedores de cada lado. As lagartas são alemãs Diehl com sapatas removíveis, guiadas pelo centro com duplo pino emborrachado, o que lhe dá baixa pressão sobre o solo.

Acima: O Ogun não é anfíbio, mas consegue transpor rios com profundidade de 67 cm.


VERSÕES E ARMAMENTOS
A idéia da Engesa era que o EE T-4 Ogum constituísse uma família de blindados em várias versões que seriam baseadas sobre o mesmo chassi, permitindo assim uma economia importante, na medida em que os clientes podem comprar um maior número de unidades para diversas missões podendo assim se beneficiar da economia de escala e assim diminuir os preços de cada veiculo. A logística da manutenção é também muito facilitada. A versão inicial solicitada pelo exercito iraquiano era de um veículo de reconhecimento dotado de armamento leve. Porem a Engesa propôs as seguintes versões: Veículo Transporte de Pessoal (APC) com capacidade para quatro soldados equipados mais o motorista armado com uma torreta com uma metralhadora. 50 ou calibre 7,62 mm em suporte simples; Veículo com canhão de 20mm (o que da maior poder ofensivo nas missões de reconhecimento); Veículo com torre para duas metralhadoras 7,62mm; Veículo de reconhecimento com metralhadora .50 em torre giratória; Veículo transporte de munição; Veículo comando; Veículo Ambulância com capacidade para  três feridos, Veículo porta-morteiro 120mm; Veículo anti-tanque lançador de mísseis ( equipado com uma torre dotada de dois mísseis). Todos os veículos da família Ogum seriam equipados com Além do armamento descrito acima, todas as versões do Ogum seriam equipadas com tubos lançadores de granadas fumígenas que poderiam ser lançadas individualmente ou em grupos para fornecer uma cortina de fumaça diminuindo a visibilidade do Ogum para seus inimigos na hora que estivessem em combate.

Acima: As cinco configurações de missão e seus armamentos mostram que o Ogum, mesmo sendo um projeto antigo, já mostrava uma certa modularidade, muito comum em projetos que apareceram 10 anos depois.


FICHA TECNICA
Velocidade máxima: 75 Km/h.

Alcance máximo: 360 km.

Motor: Um motor Perkins modelo QT 20 B4236 diesel quatro tempos, turbinado, quatro cilindros em linha, 125 HP

Peso: 4 toneladas.

Comprimento: 3,7 m.

Largura: 2,14 m

Altura: 1,35 m.
Tripulação: 4

Inclinação frontal: 60º

Inclinação lateral: 30º

Passagem de vau: 670 mm

Obstáculo vertical: 60 mm

Armamento: metralhadora .50 ou calibre 7,62mm, canhões 20mm lançadores de mísseis.


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BAE SYSTEMS AAV-7. O rei da praia.

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DESCRIÇÃO             Por Carlos Emilio Di Santis Junior
Quando se pensa em uma cena clássica de desembarque anfíbio, com fuzileiros navais sendo entregue nas praias com a ajuda de veículos blindados anfíbios, o primeiro veículo que me vem na mente é o AAV-7. Uma mistura de tanque com barco, com suas grandes dimensões, acelerando da agua para a areia. Nosso enfocado deste artigo foi desenvolvido no final dos anos 60 do século XX, tendo entrado em serviço em 1972, ele se mantém firme em uso em varias forças militares do mundo, incluindo o poderoso US Marine Corps (Corpo de fuzileiros navais dos Estados Unidos) e no CFN (Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil). Em recente ação de combate ao trafico de drogas no Estado do Rio de Janeiro, a policia militar e a policia federal tiveram apoio da Marinha do Brasil que forneceu, através de seu corpo de fuzileiros navais, diversos veículos blindados e dentre eles, estava o AAV-7A1 que foram usados para subir no complexo do alemão.

É interessante notar que o AAV-7 é um veículo relativamente especializado que permite poucas modificações, sendo que suas diversas versões não implicaram em modificações externas no AAV-7.

Acima:A imagem de veículos AAV-7 chegando a praia dá um forte sinal ao inimigo sobre o peso da força que ele terá que enfrentar. a Blindagem destes veículos somada ao apoio aéreo, que normalmente apoiam os fuzileiros tornam a vida do defensor um inferno.
O AAV-7 é lançado ao mar por um navio de desembarque anfíbio e navega até a praia para liberar suas tropas em segurança, através de sua proteção blindada. E falando em blindagem, originalmente, o AAV-7 tinha uma blindagem limitada, capaz de resistir a impactos de projéteis de armas portáteis até o calibre 7,62X51 mm. Essa característica se mostrou inadequada diante da missão da qual ele foi projetado para executar. Assim, foi desenvolvido um kit que aumenta a proteção blindada para ser instalado externamente no AAV-7 dos Marines norte-americanos que acabou semdo exportado também, de forma que os veículos dos fuzileiros do Brasil também usam este kit que melhora a sobrevivência do veículo frente a ataque de granadas propulsadas por foguetes, as famosas “RPGs”. Os AAV-7 são, também, preparados para operar em ambiente QBN (Químico, Biológico e Nuclear).

Acima:Nesta foto pode se ver bem o kit de blindagem adicional colocada na lateral do AAV-7. Esta solução foi adotada pelos fuzileiros do Brasil também.
O AAV-7 tem uma tripulação de 3 homens que são o comandante, motorista e o artilheiro. A capacidade de transporte é de 21 soldados equipados (fonte do fabricante), embora alguns sites afirmem que até 25 soldados podem ser transportados, preferi seguir o que a BAE System, atual fabricante do veículo afirma em sua ficha técnica.
A capacidade ofensiva do veículo pode ser considerada limitada, pois é composta, apenas, por um lançador de granadas automático MK-19 em calibre 40X53 mm, capaz de uma cadência de tiro de 375 tiros por minuto, além de uma metralhadora pesada M-2HB em calibre 12,7X99 mm (.50), com uma cadência de tiro de 650 tiros por minuto.


Acima:Os soldados entram e saem do AAV-7 por uma grande porta na traseira do veículo. Isso permite com que o blindado proteja os soldados enquanto os armamentos montados na torre acima do veículo dá cobertura com seu lança granadas automático e sua metralhadora M-2HB.
A propulsão do AAV-7 é feita por um motor turbinado V8 Cummins VT400 movido a Diesel que produz 400 Hp de potência e que se liga a uma transmissão automática HS-400 A3. Este sistema permite uma velocidade de 72 km/h em estrada e 32 km/h em terrenos irregulares. Na agua, o motor move dois jatos de agua que levam o AAV-7 a uma velocidade de 9,7 km/h de navegação, sendo que o veículo pode navegar em condição de mar 3.

Acima: A propulsão fornecida por um motor CumminsVT-400 permite ao AAV-7 navegar a 9,7 km/h, o suficiente para se chegar relativamente rápido na praia a partir da posição do navio de desembarque anfíbio.
Embora o AAV-7 deva ser substituído em 2015 por um novo e mais capaz veículo chamado de, muitos países manterão ele em operação por bastante tempo. Atualmente, além dos Estados Unidos e Brasil, a Itália, Argentina, Coréia do Sul, Taiwan, Tailândia, Espanha, Indonésia e Venezuela são usuários deste excelente blindado. O Governo brasileiro, por sua vez, está interessado em comprar mais 26 unidades deste veículo para o corpo de fuzileiros navais que somariam aos 52 veículos do tipo já em uso, totalizando 76 unidades. 

Acima:Um AAVC-7A1 de comando do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil. O Brasil possui, hoje, 52 veículos deste tipo em seu arsenal, e pode comprar mais 26 em breve.

FICHA TÉCNICA

Velocidade máxima: 72 Km/h em estrada, 32 km/h em terreno irregular.

Alcance Máximo: 480 Km.

Motor: um motor turbinado V8 Cummins VT400 com 400 hp de potencia.

Peso: 23,9 Toneladas (sem a blindagem adicional).

Comprimento: 8,1 m.

Largura: 3,2 m; 3,6 m (com blindagem adicional).

Altura: 3,3 m.

Tripulação: 3 + 21 soldados.

Inclinação frontal: 60 %.

Inclinação lateral: 40 %.

Obstáculo vertical: 0,9 m.

Passagem de vau: Anfíbio

Trincheira: 2,4.

Armamento: Um lançador de granadas automático MK-19; uma metralhadora pesada M-2HB em calibre 12,7X99 mm (.50)


ABAIXO PODEMOS VER UM VÍDEO COM UM DESEMBARQUE ANFÍBIO COM O AAV-7


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